Há um homem das cavernas dentro de nós?
O poder, a fome e o sexo guiam-nos como na pré-história. O nosso comportamento tem muito de troglodita mas deve-se, em boa parte, à herança implacável da nossa natureza. No ADN dos nossos antepassados mais remotos, hominídeos extintos há milhares de anos, já estava presente o embrião da lista de condutas e opiniões de que o homem actual faz gala. Assim, depreende-se da nossa atitude quotidiana que a agressividade não desapareceu com o homem das cavernas.
Docas
9 Comentário(s):
com uam diferença.. agora quem manda são elas
Mocho,
Cá em casa ainda é tudo muito tradicional. Mando eu... quando ela não está, claro!
Docas, curtinho mas profundo. Realmente somos prisioneiros de imensas coisas, as atitudes ficam com quem as pratica, mas por vezes a necessidade do querer mais e mais, leva-nos a ser ainda piores que os hominídios. Estes, tinham como único interesse a subsitência e o homem actual, mais evoluído, tem outras ambições muito mais perigosas e maquiavélicas, que muitas vezes não olha a meios para atingir os próprios fins.
Há para aí tanto troglodita saloio!
JL .....o ADN até pode mandar mta coisa, mas o meio influência profundamente .
Pelo que li , e posso afirmar que gostei .....vc’s, pelo menos os dois primeiros ai em cima, deram bem a volta a coisa, nota-se que o ADN tá lá ....mas colaboraram bem no treino,estão mto bem domesticados, parabéns :)
safly
Todos sabemos que o meio ambiente influência o nosso comportamento, mas também é evidente que há homo que se dizem sapiens que mais parecem os primatas atrás de uma banana ou de um amêndoim. Onde terá ficado a tão apregoada influência do meio ambiente? :)
o sexo tinha importância enquanto factor de manutenção da especie. agora excepto para alguns militantes do cds que só trucam trucam para ter filhos o sexo é visto noutra perspectiva. não me parece que possa estar ainda com essa força "social."
O poder creio que sim. A fome e as necessidades básicas sim, mas a partir do momento em que forem satisfeitas o que fica? Lá vamos às teorias de motivação ... a autoestima, o respeito, o reconhecimento... como factores mais importantes .
Mas não é por acaso que o homem partilha com o macaco uma percentagem elevadissima do adn ( creio que 99%) se estiver errado corrigem-me pois esta não é minha área
Essa questão, Mocho, tem que ser a Docas a responder. Mas gostei do seu humor utilizado no primeiro parágrafo. Aliás, um dia, na Assembleia da República e a esse propósito, um deputado interpelou outro do CDS e peguntou-lhe: quantos filhos o senhor tem? A resposta foi dada prontamente: 5. Pois, diz o outro, deve corresponder ao nº de vezes que teve relações sexuais com a sua mulher. :-)
A fome... é provavelmente o grande problema e o que impede o ser humano de caminhar no caminho da elevação intelectual (se não fosse assim e a fome estimulasse o que há de melhor em nós, na casa onde não há pão, ralhariam todos com razão)
Mas, fome à parte, segundo Freud, nós vulgares seres humanos, movemo-nos pelas duas pulsões primitivas: Tanatos (o poder, a morte) e eros (o sexo, a vida).
O problema é quando estas duas pulsões se identificam demasiadamente e não conseguimos distinguir onde está o sexo e o poder, onde estão as pulsões de vida e as pulsões de morte.
A prova disto encontra-se facilmente nos jornais diários, na barra dos tribunais (vidé processo casa pia)onde nos cruzamos com manifestações de poder mesquinho e pouco abonatório para quem o pratica.
O nosso século (o XXI) espelha com demasiada perfeição a confusão que anda pelas cabeças dos hominídeos.
Apesar disso, dos nossos genes e da confusão em que vivemos, acredito que é possível continuar a viagem em direcção a um futuro melhor. Os exemplos andam aí... e são esses que marcam, apesar de tudo, os nossos dias passados e fututos. O exemplo de Ghandi é apenas mais um, mas é bem ilustrativo de que é possível ser Homem, ter poder e não enlouquecer.
Eu sei que o caminho de Ghandi não é muito apelativo... mas podemos escolher caminhos, apesar de tudo menos enebriantes e éticamente defensáveis.
intiresno muito, obrigado
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