segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

Novo ano, preços novos

E cá estamos num novo ano, com um misto de esperança em melhores dias e algumas certezas naquilo que nos espera.
De hoje em diante podemos contar com aumentos significativos em produtos essenciais para o nosso quotidiano.
O vencimento, quanto muito, aumentará uns magros 3%. E já estamos a falar na mais sorridente das hipóteses. O pão e os combustíveis, por exemplo, têm já o seu custo final inflacionado em cerca de 10%. Grosso modo, isto significa que perderemos poder de compra.
Mas se há aumentos que compreendemos, até porque o ditado também aqui se aplica – “ano novo, preços novos” – outros há que são absolutamente incompreensíveis. O dos combustíveis é um deles.
Até agora era a desculpa da guerra do Iraque, primeiro, e das catástrofes naturais, depois, para justificar o disparo dos preços. Era a lei da oferta e da procura a funcionar.
Mas o aumento deste início de ano deve-se, apenas, à subida do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos, já que o preço do crude tem permanecido estável nos últimos 3 meses.
Este é um dos impostos que os sucessivos governos têm usado para aumentar as receitas. Todos têm usado da mesma criatividade: Se as receitas e as despesas andam desencontradas e a balança pende para estas, a solução mais prática é aumentar as primeiras por via de aumento de impostos. Sobretudo através do IVA e do ISP.
E é nestes dois impostos que encontramos a razão pela qual em Portugal necessitamos de 70 € para atestar o depósito de um automóvel, enquanto que no país vizinho só precisamos de 55 €. É que os governos dos dois países compram a matéria prima ao mesmo preço. Têm, contudo, políticas diferentes na aplicação dos impostos.

21 Comentário(s):

Anonymous Anónimo disse:

Antes de mais queria desejar um Feliz Ano de 2006.
Quanto ao aumento dos impostos para gerar receitas, mais valia porem cada candidato a presidencia da republica a pagar a sua campanha do seu proprio bolso e isso talvez ja daria para não aumentar os impostos ou entao para os aumentos da função publica serem maiores...!Para finalizar apenas saudo a subida do tabaco, esse sim um aumento certo mas em meu entender ainda curto(desculpem os fumadores,mas...).
E como diz o meu avô meio a gozar meio a falar a serio "ao menos antes do 25 de abril não era nada assim":)!!!
Saudações

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

O "sol" aqui do seu post, é outro. Sombrio para as nossas carteiras. Um bom inicio de ano apesar dos aumentos. Beijinhos.

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger Crepúsculo Maria da Graça Oliveira Gomes disse:

Pois a ser postas em acção as noticias que ouvi agora na televisão, vamos ter um estado cheio de nota dá impressão que nos passamos a empregados um patrão "governo" faxista no seu esplendor.
beijos amigo

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger Mónica disse:

faxista rima com taxista

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger Maria Manuel disse:

A falar dos novos preços era suposto que esse meio sorriso desparecesse do teu rosto!...

Boa ano para ti também , grande optimista!

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger Al Cardoso disse:

Sim, mas isso ja nao tem nada de novo. Mudam-se os tempos continuam as mesmas vontades, ou mudam-se os governos e os que pagam sao os mesmos.

Ja se ve como comeca este rico ano.

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

Aquele ditado antigo diz, muda-se de moleiro, mas não se muda de ladrão.
É o que temos, hoje aumenta aminha convicção de que os governos, este e os anteriores, não se preocupam minimamente com o desenvolvimento nacional, tenho um firme certeza que a unica meta a atingir é simplesmente manter a cadeira, também vulgarmente conhecida como " Poleiro ".
É por estas e por outras que o meu voto nas próximas eleições será concerteza em BRANCO.

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

Ano Novo, politica antiga.
Ano Novo, politicos velhos.
Ano Novo,... enfim tudo na mesma, ou seja, o povo continua o seu calvário...
João, um Bom Ano de 2006, para ti e para a tua familia tb.

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger BlueShell disse:

Isos é que não devia ser...


DEIXO UM BEIJO
BShell

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger Neoarqueo disse:

A curiosidade de Portugal é que fala-se na crise, mas o português tem dinheiro no bolso. Fala-se na crise, mas o português vai passar o reveillon em bons restaurantes; Fala-se na crise, mas o português vai para os destinos mais exóticos passar o dito...Na realidade crise existe, mas ela é sobretudo do Estado, que gasta mais que o que tem e depois vem sempre aos nossos bolsos, e ...como´o português tem dinheiro no bolso...paga.

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger Blogexiste disse:

Ora aqui está uma perspectiva optimista. O custo de vida aumenta, é verdade, mas podia ser pior... (quer dizer, não sei muito bem como, mas é o que se costuma dizer nestas ocasiões)... podia ser pior!

Bom ano de 2006 também para o João Lopes e para os seus.

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger Eduardo Leal disse:

Estes comentários começam com um comentário anónimo (não sei porquê mas nunca gostei de anónimos... apesar de compreender).
Ora esse anónimo muito provavelmente não viveu no tempo do fascismo, nem leu sobre o assunto alguns documentos disponíveis em qualquer biblioteca pública.
Houve tempos caro anónimo (presumo que anónimo é mesmo no masculino), em que a refeição de muitos trabalhadores era apenas meia sardinha... em que a grande parte dos filhos dos mesmos, ia de barriga vazia para a escola (quando ia...), em que a prepotência dos empregadores ia a extremos que hoje gostamos de manter bem longe da memória.
Onde para muitos se aquecerem no inverno tinham que roubar pinhas e gravetos nos montes que pertenciam a meia dúzia... onde a fruta caída das árvores se oferecia de esmola a quem não tinha que dar de comer aos filhos...

E, já agora... onde o único candidato às presidenciais a ter a campanha integralmente paga era o do regime e onde o candidato da oposição era cobardemente assassinado em terras de Espanha.

Isso, caro anónimo, sem gozo nem brincadeiras... era o tempo do fascismo.

Para quem passou por esses tempos e apesar de tudo sobreviveu, muito provavelmente os aumentos de preços de cada ano que agora passa são apenas picadelas de insectos, que nuns provocam mais incómodo que noutros, mas às quais se sobrevive.

O aumento do tabaco parece-lhe mais legítimo que os restantes?!
Faz sentido! Mas gastar combustível para passear?... Mas gastar água em quantidades exageradas? Mas sobreaquecer as nossas casas?

Tudo é relativo Sr. Lobo Xéxé... tudo é relativo...

O que já não é relativo é o risco de voltar a viver a miséria de outros tempos. E a isso devemos estar atentos!.

Desculpe lá, Sr. Anónimo... mas há coisas que nem meio a gozar nem meio a falar a sério!!!

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger Blogexiste disse:

Mais uma vez, directo e objectivo. Com poucas palavras disse tudo. Nem mais!
De facto, há coisas que nem a brincar.

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger Mónica disse:

Pois é, para começar e porque ainda não se paga imposto desejo que 2006 seja um ano repleto de alegrias em que todos os sonhos se tornam realidade.

Em relação ao post só tenho a dizer que concordo com o Newton: AFINAL ONDE ESTÁ AQUELE SOCRATES QUE DIZIA QUE NÃO IA FAZER NADA DO QUE ESTÁ AGORA A ACONTECER.

ONDE ESTÁ ELE, terá sido levado por ET's, naaaa dúvido, quem é que queria um político daquele...
Ele consiguiria afundar qualquer planeta, só para tirar uns bonsdiitas de férias...

Enfim, quem tem tacho também tem panela...

Bom ano

:)

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger Zel disse:

Infelizmente ainda vamos falar disto muitas vezes.....só me da "pena" é muita gente criada com muitas limitações, a quem a vida sorriu, subiu pelo próprio pulso ou aos empurrões. ...se esqueça de quem agora passa por limitações,com a diminuição do poder de compra.
Acima de tudo os que conhecem o patrão, que os pode despedir ..e aqueles que não conhecem o patrão "Estado" mas, não vão ser despedidos.....

Num País que a Indústria está a desaparecer diariamente, e certamente não vai "viver" de Serviços....nem de aumentos de combustíveis.....e quando não entram Euros !!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger sattelite disse:

Aumentos são normais em todos os paises, o que é anormal é serem os mais pobres a pagar enquanto que os que mais podem continuam a enganar o estado e a fugir aos impostos...por isso aumento de impostos não é uma boa medida...deveria-mos era sugerir aos srs. empresários que vivessem o ano de 2006 a ganhar o ordenado mínimo...

segunda-feira, 02 janeiro, 2006  
Blogger nunofigueiredo disse:

Pois cá estamos em 2006!

Graças á TVI não adormeci antes das 24 horas, com aquele belo espectaculo circense.Já agora, deu para ver o circo do sol na RTP2? Espectacular!

Quanto aos aumentos, claro que ninguem gosta de ver o pão mais caro, a água, a luz, o gáz, os transportes, o combustivel,...!
Mas é tradição. Não é?
Pois! Mas não devia ser!

Acho que o problema não está nos aumentos. O problema está na justificação para os aumentos.
Concordo com Jl na falta de justificação para o aumento do preço do combustivel. Mas é tradição!

A carga fiscal sobre os nossos rendimentos é elevada e pior do que isso é mal aplicada. Erros de gestão de governos levam a medidas de correção que passam normalmente pelo aumento de impostos.

Não concordo em absoluto com a penalização dos fumadores. Concordo com Eduardo Leal quando se refere a outras situações que deveriam ser também penalizadas e não o são.

A tradição sempre foi respeitada pelos portugueses. Por isso os aumentos. E também a perca de poder de compra!

Atenção ao voto em BRANCO. Votar em branco é dizer NÃO QUERO SABER DISSO PARA NADA. Tá mal!

Ás vezes não entendo os portugueses. Tanto barulho para nada. No final desta semana já não se fala mais deste assunto. Futebol! E futebol e mais futebol!

Por isso vamos já começar. O Benfica entra no novo ano a ganhar dois a zero ao FCP.AH!AH!AH!
Eduardo Leal , meu amigo, como é que deixaram fugir o melhor extremo direito do mundo?!

Abraço a todos e até á proxima.

terça-feira, 03 janeiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

Quem disse que a miséria acabou?
Então os nossos reformados que ganham 200 euros de reforma, não vivem na miséria?

Ainda há muito boa gente que come batatas com batatas e que gostaria de ter meia sardinha a acompanhar.
Há tempos que não se querem de volta, no entanto, ainda há para aí muito fascismo camuflado.

Os aumentos são sempre os mesmos, independentemente dos governantes.
São os aumentos mais cómodos, para aqueles que por muito que reclamem, nenhuma moça fazem a estes governantes, autoritários para os mais desfavoredidos e permissivos para os mais poderosos. Convém não esquecer que isto é um autoritarismo saloio e extremamente perigoso.

O aumento dos bens de consumo essencial e indispensável, o sucessivo aumento dos combustíveis, o aumento da electricidade, o aumento do IVA, ...

Em suma, perde-se poder de compra nos lares portugueses e competitividade nas empresas portuguesas que, com estes aumentos de preços, começam a cortar no pessoal.

Por este andar com esta falta de iniciativa, falta de coragem no combate, puro e duro, à fuga fiscal e com esta falta de ideias por parte do Estado onde é que isto irá parar?
Vamos parar a Espanha, se calhar para nossa sorte!

terça-feira, 03 janeiro, 2006  
Blogger Alex disse:

Pior estou eu.
Depois de congelado dois anos e agora impedido de progredir na carreira, tive um aumento de 1,5%. Ainda por cima, fui acusado de não fazer nenhum e de ser o maior responsável pelo buraco do orçamento.
Funcionário público!... Que lindo serviço... Se o arrependimento matasse...
E eu a ver os "boys" todos a ser nomeados sem ser por competência técnica ou em concursos. Pior... Ainda por cima vou ter de ser avaliado por eles.
Não tenho dúvidads que os políticos é que são os verdadeiros responsáveis por este "saque" fiscal.
Já viram o corropio de ministros das finanças e de outras pastas importantes que tivemos em tão pouco tempo. Há algum país que aguente esta indefinição?!...
Lá vão mais empreseas públicas e ouro parar às mãos dos mais ricos.
Triste fado...

quarta-feira, 04 janeiro, 2006  
Blogger Al Cardoso disse:

Ate eu que ja falo um portingles, me dou conta, dos pontapes na gramatica que dao os nossos cultos e letrados jornalistas.

Como se ve, ai esta o resultado das mas notas na disciplina da lingua Patria ... PATRIA.... ONDE JA EU OUVI ISTO???

quarta-feira, 04 janeiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

O Voto em branco não é não querer saber disso para nada, para isso é não votar.
O voto em branco é uma forma de castigo, de reprovação ou de não aceitação dos politicos que temos.

sexta-feira, 06 janeiro, 2006  

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