Felicidade - 20 valores!
Há um colégio britânico que está a revolucionar a educação em terras de sua majestade. E, quem sabe, não esteja aqui o mote para uma nova revolução cultural na educação nos restantes parceiros comunitários.
De ora em diante os estudantes do Wellington College passarão a contar no seu currículo escolar com uma disciplina chamada Felicidade.
Diz o seu director que se o principal papel da escola é a formação dos jovens, então faz sentido que ali aprendam, também, a ser felizes. Como diriam os franceses: a savoir vivre (saber viver). Como diria a minha avó que não precisou de ir à escola para ser feliz e para saber tanto quanto os franceses nesta matéria: Viver não custa; custa é saber viver!
Por cá também já se ensaiaram novos métodos de ensino e implementaram-se novas disciplinas para explicar tudo, tim tim por tim tim, aos meninos, desde a Religião e Moral, passando pela Educação Sexual e até pela Educação Cívica. É a escola a substituir-se aos pais e estes a demitirem-se da sua função de Educar.
Todos sabemos, e todos conhecemos casos destes aos “pontapés”, onde nem sempre quem tem um maior grau de formação tem uma educação melhor e maior. É que uma coisa não substitui nem invalida a outra.
Mas voltemos à Felicidade: que teoria será transmitida aos jovens? Que conceito único, verdadeiro e absoluto pode ser transmitido sobre Felicidade? Parece-me, a mim que sou um autêntico leigo na matéria, que a Felicidade depende muito mais daquilo que se é do que daquilo que se tem. No entanto, temos casos em que a Felicidade depende muito mais daquilo que se tem do que daquilo que se é. Uma coisa pode levar à outra. Mas não necessariamente. Por isso é mais fácil encontrar depressões e estados de infelicidade em quem tem tudo do que em quem nada tem.
É preciso saber gerir aquilo que se alcançou com a vontade do que se quer alcançar. Se este equilíbrio falha a felicidade não existe.
Um dia perguntaram a um grande comunicador da nossa praça se era uma pessoa feliz, ao que ele respondeu: “Não sei o que é a felicidade. Mas sei que tenho, na minha vida, muitos momentos em que me sinto bem comigo e com os outros. Tenho muitos momentos que me dão prazer e alegria. Muito poucos os que me deixam triste. Se isto é ser feliz então eu sou feliz!” Talvez tenha razão.
Há, contudo, outros para quem a Felicidade não é mais que sua tia da aldeia, a madrinha, ou mesmo a sua mulher!
24 Comentário(s):
É, alguns dizem que a felicidade não existe... Creio que não se possa ensinar alguém a ser feliz, mas posso estar enganada. Beijos.
Ainda hoje em conversa com os meus alunos, sobre a interpretação de uma história tradicional " A velha e o garrafão", um deles me perguntou se, ser feliz era ter muito dinheiro, porque assim poderíamos comprar tudo.
Procurei explicar-lhes que havia coisas que o dinheiro não comprava e que nem todas as pessoas ricas eram felizes.
Fiz o meu papel de educador.
Mas na sociedade actual profundamente materialista e egoista, estes valores já não têm qualquer significado, como podemos constatar infelizmente todos os dias e em todos os níveis da nossa sociedade.
Mas resta- me a esperança do semeador que lança as sementes à terra,algumas delas crescerão e darão frutos!
Concordo plenamente quando diz que nao e por se ter uma maior formacao, que se tem uma cultura maior ou melhor.
Sempre gostei de separar a instrucao da educacao, ja tenho conhecidos muitos induviduos instruidos, que educacao nao tem nenhuma.
Quanto a felicidade eu sou daqueles que dizem que: as coisas melhores e mais belas deste mundo e, que nos podem dar a tal felicidade, nao se compram com dinheiro.
Um abraco beirao amigo.
Ps: pretence ao "post" anterior
podemos viver a felicidade em cada momento da nossa vida, em cada gesto, cada sorriso.
Basta sentirmo-nos bem dentro de nós próprios para podermos viver e dar momentos de felicidade aos outros.
A felicidade está em toda a parte, temos é que saber aproveitá-la. A felicidade pode estar na apreciação da natureza, do mar, numa simples corrida, o facto de respirar-mos, o facto de sermos saudáveis.
O ser humano é um ser naturalmente insatisfeito, temos momentos bons e maus na vida e nunca estamos bem, temos que arranjar sempre algo que complique o nosso bem estar.
Quando me sinto menos bem, agarro-me a todos os momento que me possam trazer felicidade, amigos, família, natureza, desporto e penso sempre que se tenho saúde e estou viva, o melhor é mesmo viver, e tento sempre saber viver!!!
Beijinhos
Cecília
lklkl
Mas na escola ensinam os minimos porque os professores sabem o minimo, e em relação ao ensinar a ser feliz, isso não se aprende...Ou se é ou não. Beijinhos amigo
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
pois... compreendo que seja um conceito esquisito, mas nao posso deixar de dizer que ha conceitos que podem ser aprendidos no que respeita a felicidade, ate porque esta esta intimamente ligada com muitas outras coisas, algumas ate que referiste... Nem todos temos a sorte de sabermos ser felizes sem que alguem tenha dado umas dicas ;)
Concordo com cada uma das tuas palavras.
Beijos
que coincidência.. escrevi sobre felicidade ainda hoje. Fiquei curiosa, quem será que tem formação para ensinar uma disciplina dessas? Doutor em felicidade? Espero que meus filhos se formem com louvor neste assunto. Beijos pra vc.
É uma boa ideia!
Vou propor aos recursos humanos formação nessa área, aqui no trabalho.
Vão ser acções muito concorridas e com optimos resultados.
:-)
«...Se isto é ser feliz então eu sou feliz!»
Mai nada! ;-D
Beijoka
Acredito que a felicidade são momentos, momentos que recordo com alguma calma e satisfação momentos que vivo que sonho. Fala-se muito no alcançe da felicidade sei que se pensas muito nela não a alcançaras jamais. Não sie s ea tua avó é feliz ou se nunca se interrogou se era.
Não sei como ensinar a felicidade se soubesse com certeza gostaria de leccionar nesse colégio mas ao mesmo tempo pode se ensinar a compartilhar a não magoar ou fazer mal alguem. Nesse caso far se á alguem feliz.
Sim a escola virou a familia dos que não têm. Quem ganha e quem perde com isso? Todos. Todos perdem.
A felicidade ou melhor determinados momentos felizes vivem se independentemente do que se tem acho que passa mais por quem se tem.
Sinto me feliz quando deito a minha cabeça no colo do meu sobrinho de 4 anos que me consegue compreender como ninguem, recordo feliz o pegar do livro de ponto.
Sou feliz?
Acho que não. Tenho direito a alguns momentos de felicidade que por sinal costam a construir muitas vezes.
Diz a musica que a vida é sempre a perder eu não acho. Acho que a sorte, a felicidade ou melhor momentos felizes são resultado de trabalho e cabe a nós construi-los ou não os deixar destruir.
Bem, o texto deixou me a pensar que quando eu à pergunta esta tudo bem? respondo que vai se indo porque já me fui habituando , nesse momento acho que não estou a construir momento algum de felicidade.
fica bem
boa semana joão
sara
Continuas perspicaz! Tou a pensar adicionar o teu blog nos blogs a visitar.Mas só com a tua prévia autorização claro.
fica bem
Caro João,
Pois eu perfilho com agrado da ideia de aditar ao curriculo escolar a cadeira de felicidade.
Já discordo quando afirma que "é a escola a substituir-se aos pais e estes a demitirem-se da sua função de Educar".
Uma coisa não invalida a outra, antes se complementam. Se as crianças puderem receber ensinamentos acrescidos, prestados por formadores qualificados, dentro do tempo e no espaço em que estão na escola tanto melhor.
O poder-dever de transmitir formas de ser feliz (neste particular aspecto concordo consigo - depende mais do que se é, do que daquilo que se tem) incutindo valores de cidadania, de respeito, de solidariedade, de honestidade, de verdade, de rectidão, etc, deve caber a todos, incluindo à comunidade lectiva.
Isto não significa que os pais se demitam da suas funções. Estes sabem, obviamente, que não podem descurar em casa a prática e defesa daqueles valores, até porque sabem que, em primeira linha, são o exemplo e modelo primeiro das suas crianças.
Como sabe, as nossas crinaças passam, por imperativos profissionais dos pais e falta de recursos económicos para suportar o salário de quem fiquye em casa a cuidar deles, muito tempo nas escolas.
Se em parte desse tempo lhes for ensinado como estar na vida, como sorrir, como minimizar problemas, como solucioná-los, como não desanimar, etc, eu ficarei radiante da vida e garanto-lhe sem esquecer que tenho a minha quota parte de responsabilidade enquanto estiverem comigo.
quanto à sabedoria, subscrevo, na íntegra, as palavras da sua avó.
sugeria, apenas, no restante texto, uma alteração.
"É a escola a substituir-se aos pais e estes a demitirem-se da sua função de Educar." escrito desta forma, creio que se depreende que, porque a escola se substitui aos pais, estes se demitem da sua função.
ora a realidade não é essa.
haveria várias hipóteses de alteração.
vou tentar manter a mesma ordem das palavras:
"É a escola a substituir-se aos pais PORQUE estes SE demitEM da sua função de Educar."
assim, terá o retrato fiel do que tem vindo a acontecer nos últimos anos. e claro que, sendo essa a situação, faz todo o sentido que haja disciplinas de toda a espécie para colmatar essa falha.
ser-se professor está ao alcance de quase todos. basta uma licenciatura. ser-se "pedagogo" não. é inato e por isso raro. não se ensina.
um bom final de semana.
Aprender a ser Feliz, a buscar a felicidade? Sempre pensei que fosse instintivo, eu pelo menos nunca precisei de aulas para o saber, eu e muitos outros. Porque que querem tornar as nossas crianças mais burras, sim mais burras, mais eficazes mas sem experiências próprias, a quem se da a papinha toda feita. Mais controláveis talvez, chamem-lhe teoria da conspiração, mas é no nos estamos a tornar em seres monitorizados para tudo.
**
Tia ou madrinha, não sei, mas Felicidade conheci uma, a avó do António Joaquim...
"estou a aprender a ser feliz
aquilo que eu vou ser ninguém me diz
a guitarra que só toca por amor
não acalma o desejo nem a dor"
Tenta uma entrevista com os Pólo Norte (mete uma cunha ao North)
Um abraço
sou feliz com o que consigo dar e receber dos outros - amizade, companheirismos, companhia, presença...
e podemos ser felizes com tão pouco dinheiro...
beijo
Olhe que essa ideia não é má de todo! Pode parecer uma coisa amalucada, mas a verdade é que os miúdos são muito infelizes e agressivos! Não sabem brincar, ofendem-se, gritam e tudo porque estão a receber através dos meios de comunicação e novas técnologias um monte de informação que não sabem gerir! Os pais não podem estar em todo o lado, os professores também não e ensinar as pessoas a buscarem valores positivos até me parece bem. Resta saber o que é que nesse colégio se entende por felicidade? Mas há uma coisa que é um facto: As crianças mal educadas costumam ser crianças infelizes! Ensinar-lhes boas maneiras é meio caminho andado para a felicidade e para uma boa inter-acção e integração na sociedade.
Beijinhos da Daniela
Sem dúvida que o comentário final poderá ser o início da felicidade, pois deixa-nos com um sorriso no rosto. E não é o sorriso um bom principio para se ser feliz?
BE HAPPY!
:)
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