O Princípio... do fim
"Numa administração estruturada hierarquicamente, as pessoas tendem a ser promovidas até ao seu nível de incompetência" Lawrence J. Peter
Se há pessoa a quem o princípio de Peter assenta na perfeição, Souto Moura é uma delas. O Procurador Geral da República que cessa o seu mandato no próximo dia 9, terá sido, porventura, o pior no cargo que há memória. E aqui se prova, também, que um bom técnico ou funcionário não dá, necessariamente, um bom chefe. E até pode dar chefe… mas não dar líder! E liderança foi o principal “handicap” de Souto Moura. Herdou de Cunha Rodrigues uma casa arrumada e respeitada. Deixa agora um sítio sem “rei nem roque”.
É inadmissível que tenha - um exemplo entre muitos – assumido um compromisso com o Presidente da República em Janeiro, era então Jorge Sampaio, sobre o famoso envelope nove e até hoje, quase dez meses decorridos, nada se saber sobre o assunto.
Qualquer funcionário numa empresa, por muito menos, teria sido dispensado sem que o contrato tivesse terminado. Venha o próximo!
15 Comentário(s):
Infelizmente, há sempre "dois pesos e duas medidas", nesta como em tantas outras questões.
Temos de lidar com o facto de a verdade ser sempre dual e ambígua.
É certo e sabido que a corda nunca rebenta do lado dos mais fortes...
Aos domingos, é assim, dá-me para os provérbios e para a melancolia;)...
Beijinhos e um bom domingo!
Ana
Há uma coisa que sempre me fez confusão -porque nunca foi despedido. Por muito menos ministros perderam a pasta.
Como tu dizes
venha o próximo e que seja competente
mais nao ha de ser dificil
um beijo não desesperado
A ver se o futuro, que e natural da Beira, tera "collones" para por a casa em ordem.
Desculpe o estrangeirismo vernaculo.
Um abraco de amizade.
Cá está um tema que retrata bem os estado do nosso Estado.
No estado (função pública), chega-se a chefe de duas formas; ou porque se tem mais anos de serviço, ou proque se tem a "cunha".
Geralmente é assim o que não quer dizer que a regra não tenha uma excepção.
Depois concordo plenamente que ser chefe e líder não é para qualquer um, mas sim para quem o sabe ser.
Ser chefe, do que quer que seja, é saber delegar responsabilidades, é saber lidar com várias personalidades, é saber proteger os seus subordinados quando estes necessitam, é preciso ser justo nas avaliações que se fazem.
Em suma, um líder tem que saber muito além da matéria em causa.
Por fim quem controla os chefes, quem controla uma eventual injustiça que pratiquem?
Serão aquelas inspecções que se marcam com aviso prévio?
Comparar o estado ao sector privado é comparar a noite com o dia.
Para ser sincero nunca acreditei que o inquérito chegasse ao fim.
O PGR conviveu seis meses como novo PR e nem por isso se sentiu qualuer diferença.
Todos esperámos que a nomeação do sucessor fosse breve e...pelos vistos, já bastante polémica.
Coisa delas, das magistraturas, e do mais que se verá!
JL, tu és o autor destas linhas?!!
a política é feita por políticos.....
e nós votamos nos políticos de 4 em 4 anos....
e esses escolhem o PGR....eu nunca votei em partidos governamentáveis....se existisse um partido tangerina, esse seria o meu
Abraço
Felizmente este deserto de ideias chamado souto moura está a chegar ao fim, foi um mandato ridículo e realmente não consigo perceber o porquê de não ter sido demitido antes do fim do mandato, é uma daquelas coisas como o envelope 9 ou o apito dourado...
Será que ainda há “microfones” escondidos na PGR?
Se eu fosse mandatado para esse cargo mandava virar tudo de pantanas antes de me sentar na poltrona.
Um abraço
Parece-me que as vassouradas deverão ser a alto nível...
Isto está feio...
Bjs
Mas neste país algum inquérito chega ao fim?!!
Um abraço:)
Provavelmente foi escolhido para o cargo por ter no carácter uma qualidade reconhecida.
A de não fazer contra-vapor.
Cumprimentos.
olá
um post inteligente.
mas que suscita uma dúvida: tendo em atenção o estado do Estado que temos, não será ingénuo presumir que a escolha (Sócrates, Marques Mendes, Cavaco Silva estiveram de acordo!) do novo PGR venha provocar alterações de fundo no panorama da justiça portuguesa?
cumprimentos
hc
HA HA HA HA HA HA HA
Está demais!!!
Abraços
Vim ontem do Porto, de dar uma formação a quadros sobre Liderança em contexto organizacional. Claro que questão é complexa, e a formação tem pouco impacto. Porque o so called "sistema" - pesado, enguiçado e de engrenagens ferrugentas - continua a permitir-se o suicídio, sem análises de desempenho apuradas e justas, com a troca directa de favoritismos e demais negociatas, perpetuando-se assim o ciclo da incompetência tacitamente aceite e que, apenas no fim, se chega a criticar, mas sem remexer no caldo, para pior não cheirar. "Venha o próximo" - e ele vem!, melhor, igual ou pior que o anterior, cumpre mandato, soma e segue, e passa o testemunho. Como se nada fora ou se tudo fosse igual quer haja trabalho, carisma e desenvolvimento, quer haja apenas gasto de tempo, de dinheiro e paciência. E, a la long, este silêncio cobardolas de quem profere umas e outras críticas em voz baixa (com medo da PIDE?) mas nunca a quem de direito, no tempo certo e de forma afirmativa!...
Um abraço!
Enviar um comentário
<< Home