Pelo sim, pelo não!
Vários têm sido os argumentos esgrimidos pelo sim e pelo não ao referendo ao aborto – ou interrupção voluntária da gravidez como pomposamente lhe chamam – a que somos chamados a participar no dia 11 de Fevereiro.
Dos mais hilariantes que já ouvi destaca-se o de um padre alentejano que ameaçou excomungar todos os fiéis que vieram a votar no sim. Mas não são menos hilariantes alguns dos argumentos que os dirigentes dos partidos políticos têm usado: daqueles que quase preconizam o aborto como uma medida de planeamento familiar, àqueles que dizem que o país necessita de mais 50 mil crianças por ano, como se de uma fábrica de produção de miúdos se tratasse e que os produzisse a qualquer preço.
Há aqui, de todos os lados, como é bom de ver um extremar de posições e uma falta de bom senso notáveis. Mais do que elucidar e discutir o real problema – a penalização das mulheres – tudo serve para iludir e “ludibriar”.
Por isso, no próximo sábado à noite, pelas 21 horas, haverá uma edição especial do programa da Rádio Mangualde “A Hora da Bica”, ao vivo e em directo do auditório da Câmara Municipal de Mangualde, contando com defensores do sim e do não que explicarão a razão das suas opções.
Pretende-se, claro, que todos possamos sair mais esclarecidos para o dia do voto. Estão, por isso, todos convidados a assistir à emissão ao vivo ou a escutá-la através das ondas hertzianas ou da Internet.
19 Comentário(s):
Pois é...
Estarei no Baile de Finalistas da ESFA rodeado de lindas debutantes e garbosos rapazes.
Felicidades
Pelo sim , pelo nao, eu nao voto vivo longe.
Que ganhe o bom senco!!!
Um abraco de amizade.
E tu João?!
Já decidiste?!
Estarás do lado do sim moderado?
Daquele sim que apenas pretende responder à pergunta do referendo?
Do SIM dos que, sendo contra o Aborto por princípio, se recusam a condenar as mulheres que o praticam.
Do SIM dos que julgam menos os outros e trabalham pela dignidade humana.
E tu João?! Já decidiste?!
Um Abraço,
Parabéns pela iniciativa.
Faço votos para que o debate seja ilucidativo.
A minha intenção de voto está definida, será sem quaisquer dúvidas pelo NÃO.
Não apoio nem nunca apoiarei as políticas di facilitismo e da irresponsabilidade.
Responder sim, a uma questão como esta, é igualar uma pessoa que está indecisa em praticar tal acto, porque foi violada, ou porque tem a sua vida em perigo, ou porque o seu feto tem graves problemas, a uma pessoa que quer abortar, simplesmente, porque quer.
Em minha opinião, temos uma lei equilibrada e não tem havido coragem política para a colocar em prática.
É mais simples liberalizar o aborto que criar políticas a favor da vida.
Isto é mesmo de quem não conhece o país real.
O nosso sistema de saúde não funciona para tratar, em condições dignas e humanas, uma gripe, quanto mais sobrecarregá-lo com uma situação destas de liberalização do aborto.
Quanto a mim não se está a pensar na humilhação, na criminalização ou nas consequências psicológicas da mulher. Quanto a estas últimas está provado que o aborto, livre ou não livre, cria sempre problemas do foro psicológico.
Quanto a mim querem é livarar-se de um problema de inoperância, impotência e falta de estratégia para criar condições a favor da vida.
ninguem fica calado! suponho que pela primeira vez em muito tempo...
Bom fim de semana!
:x
Ó João, a minha opinião está expressa lá no cantinho. Não poderei ir, pois tenho um jantar de família lá por casa… mas vou tentar ouvir pelo rádio… aliás como o estou a fazer agora através da Net (Emissão On-Line) em Seia.
Tudo de bom e casa cheia!
«Mangas» diXit!!
Bom fds
;-)
Estou com curiosidade para ver os resultados eleitorais. Vão surgir certamente 4 colunas: uma para os nãos radicais, outra para os nãos moderados, outra para os sim radicais e outra para os sins moderados.
Vai ser um momento único em televisão conseguirmos estabelecer as diferenças....
"Do SIM dos que, sendo contra o Aborto por princípio, se recusam a condenar as mulheres que o praticam." - eu vou votar não e curiosamente preencho as duas condições.
"Do SIM dos que julgam menos os outros e trabalham pela dignidade humana." - eu vou votar não e curiosamente preencho ambas as condições.
caro Leal, você não se enganou quando escreveu Sim ?
Dificilmente poderei estar presente mas vou tentar acompanhar pela rádio.
Mas vou colocar aqui uma cunha para que em teu nome faças uma minha pergunta a ambas as partes. Se a pergunta fosse a despenalização do aborto o que amabas as partes responderiam, sim ou não. e se fosse liberalização quem so sim votaria não e vice versa.
jinhos e boa sorte para o programa.
Viva!
http://ruvasa2a.blogspot.com/2007/02/846-m-conscincia-do-sim.html
http://ruvasa2a.blogspot.com/2007/02/852-quer-parar-por-um-momento-e.html
Daqui é que não se sai. Por mais voltas que se dê.
Ora, era a estas questões - não eufemismos e sofismas - que eu gostaria de obter.
E não obtenho, por mais que tente.
Cumprimentos
Ruben Valle Santos
Viva, uma vez mais!
E, já agora, mais estas, que hão-de ficar sem resposta, igualmente.
http://ruvasa2a.blogspot.com/2007/02/848-continuemos-falar-com-clareza.html
http://ruvasa2a.blogspot.com/2007/02/849-argumentrio-pelo-no-outra-achega.html
http://ruvasa2a.blogspot.com/2007/02/847-cai-por-terra-outra-falcia-do-sim.html
Cumprimentos renovados.
Ruben Valle Santos
João Lopes,
ouvi em directo o teu programa e
venho-te dar os meus Parabêns
pela forma profissional e civilizada como correu!
Bjs
João Lopes,
Ouvi parte do seu programa, no qual retive uma declaração, não sei de quem, que dizia que o que interessava, nesta altura, era votar contra uma lei que não se cumpre e principalmente contra a penalização das mulheres, pois, em caso de vitória, do SIM, já haveria garantias, governamentais, de que seriam implementadas formas de aconselhamento e acompanhamento.
Mas desde quando os governos nos dão garantias do que quer que seja?
Dizem que não aumentam impostos e fazem o contrário, dizem que a nossa sociedade está a envelhecer e fecham maternidades em vez de as dotarem com maiores capacidades técnicas e humanas, dizem não às scuts, mas as letras pequeninas desculpam a sua implementação.
Que confiança terei eu em votar SIM, sabendo que corro o risco de ver esta prática totalmente liberalizada e desprovida de quaisquer tipos de responsabilidade.
Eu se quizer uma consulta no meu médico de família demora-me, no mínimo, um mês e numa grávida com sete semanas que tenha intenção de abortar? Irá a tempo de o praticar sem que seja penalizada?
É que a realidade do nosso país passa muito pelos médicos de família, são estes, que depois do diagnóstico encaminham os utentes.
Só se estivermos a partir do princípio que somos um país de ricos e que não precisamos dos médicos de família para nada.
Mais uma vez se quer construir um edifício em areias movediças.
Votarei SIM. Penso na linha de Bill Clinton que é preciso despenalizar para tornar mais raro e mais seguro!
Basta de hipocrisias!
Cumps
Amigo Carneiro,
Muito claramente:
SIM!
Porque se a questão é se devemos ou não despenalizar as mulheres... SIM!
Se a questão é se deve ser realizado em estabelecimentos devidamente autorizados... SIM!
Se a questão fosse ainda se devemos condenar as mulheres por serem livres de escolher o momento da maternidade... NÃO!
Se a questão fosse ainda se devemos obrigar cada ser humano a viver de acordo com as regras morais e religiosas dos outros, sem direito à responsabilização e dignidade... NÃO!
A questão é simples! Enviaria para a prisão todas as suas Amigas que já fizeram aborto?!
Porque, a fazer fé nos dados estatísticos, acredite que tem muitas!
O aborto ilegal é um flagelo!
Muitos deles, dos ilegais, continuarão a ser realizados mesmo que despenalizados, agora de forma legal... mas far-se-ão na mesma. Acredite!
Mas muitos dos abortos seguintes, poder-se-ão evitar, seguramente!
Com aconselhamento, com apoio.
Basta que as beatas puritanas das campanhas pelo não se empenhem na luta real e apoiem de facto quem precise de apoio... porque, acredite, pior que a inoperância, a mentira de alguns políticos, é a crítica de quem não se mexe para fazer acontecer.
E para que volte a ficar claro, com todo o respeito que a sua posição me merece, mesmo que me condenasse à prisão... EU VOTO SIM!
Nenhum argumento me convence a perseguir e acusar de criminosas mulheres que façam abortos até as 10 semanas.
O discurso é sempre em torno da mulher. Só falam da mulher. E o homem?
A actual Lei é discriminatória - acabe-se de vez com ela.
Impõem-nos tantas leis que são autênticos abortos… não havia necessidade de fazer um referendo para a IVG.
Os debates são pacíficos e salvo raras excepções ninguém vê o aborto como um verdadeiro Crime. Toda a gente os faz, sabe onde se fazem e conhece pessoas que já o fizeram.
Eu vou votar novamente SIM.
A actual lei é discriminatória em que sentido?
Então o que dizer do novo projecto lei????
Aconselho-o a ler atentamente (Alterações ao Código Penal)
O artigo 142° do Código Penal, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei
48/95, de 15/3 e pela Lei n.º 90/97, de 30 de Julho - Artigo 142°
Interrupção da gravidez não punível
Já leu o nº2 do artigo 5º relativo às competencias do (CAF)??? Se não leu eu transcrevo:
2- Os CAF podem, no processo de consultas e desde que a mulher grávida não se oponha,
ouvir o outro responsável da concepção.
Discriminação????
Para mim é mesmo insanidade!
Infelizmente conheço bem essas leis.
Na maioria dos casos a decisão de abortar não é só da mulher. Quantas vezes em situação de fragilidade são pressionadas a faze-lo, pelos maridos, pais, companheiros, namorados, etc... Esses nunca são criminosos porquê?. Dentro de quatro paredes essas leis que enumera têm algum valor? Alguém os consegue responsabilizar?
Reafirmo: a lei é discriminatória.
Insanidade é ter olhos e não ver a realidade.
Seja realista sr(a)Anonymous
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