terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

Divertimento playstation?

Fomos surpreendidos e ficámos horrorizados com o homicídio perpetrado por um grupo de jovens, muito jovens, na cidade do Porto, a um homem de 35 anos por puro divertimento.
Fiquei chocado pelo acto em si; pelo facto dos jovens serem todos de tenra idade e, seguramente, terem comprometido em parte o seu futuro; pelo móbil do crime; e ainda pelas declarações das associações de homossexuais que se apressaram a vir dizer que tinha morrido um homossexual, aproveitando a morte de um ser humano para reivindicar uma série de discriminações que querem para si. Para mim morreu, em primeiro lugar, uma pessoa.
Mas esta história fez-me vir à memória uma outra, passada em Barcelona há uns meses quando um grupo de jovens queimou uma jovem sem abrigo porque não tinham nada que fazer e se queriam apenas divertir. Ainda outra ocorrida em Londres o ano passado muito semelhante à de Barcelona. E muitas outras, noutra dimensão, que acontecem em Paris todas as noites quando se queimam automóveis como se se tratasse de um jogo da Playstation.
Que raio de divertimentos são estes? Que sensações e emoções provocam? Serão, no futuro, alvo de boas histórias e recordações que se contam aos filhos ou aos netos à lareira e a título de exemplo da sã convivência que existia na época?
Desculpem, mas não resisto, estou mesmo a imaginar estes jovens daqui a uns anos dizendo aos filhos: “No meu tempo é que era divertimento a sério, queimávamos uns carros ou umas pessoas – o que aparecesse primeiro – e havia muita camaradagem… não é como agora, pá! Vocês não sabem o que é isso. Só vos dá para a parvoíce!”

26 Comentário(s):

Blogger Maria Manuel disse:

O teu sorriso amargo... e com razão...

terça-feira, 28 fevereiro, 2006  
Blogger Unknown disse:

É urgente pensar e actuar.
Estes jovens não são mais nem menos aquilo que a sociedade quer. Faz muito tempo que este fenómeno foi e ainda é estudado. Sabendo por exemplo que os filmes de animação, os violentos, transmitem essa mesma violência aos jovens, porque é que as televisões passam esses filmes, porque é que esses filmes são exibidos em ca7 ou DVD nas cresces / ATL’s etc etc.
Estamos a começar a viver a época do Sangoku, batem, batem, morrem e depois voltam novamente à vida, por vezes com mais poder / força.
Os culpados somos todos nós, neste caso e nos casos que sublinhas no teu texto.
A igreja (todas) tem uma boa parte dessa culpa, desde os primórdios que defende a “guerra” contra o “ser diferente”.

Abraços

terça-feira, 28 fevereiro, 2006  
Blogger Eli disse:

Exactamente. Temos que ser nós a incutir neles os divertimentos que fazem bem e não...

Enfim! Não podemos é ficar só a olhar!

:)

terça-feira, 28 fevereiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

Cada vez mais a sociedade e as instituições não conseguem previnir a delinquência nem sequer se conseguem proteger dela.

E perante isto quem sofre continua a ser o mais desprotegido e o que mais precisa da ajuda da própria sociedade onde está inserido.

terça-feira, 28 fevereiro, 2006  
Blogger segurademim disse:

chocante! e será que com este potencial de destruição, chegam a velhos????

beijo :(

terça-feira, 28 fevereiro, 2006  
Blogger Avó do Miau disse:

O seu blog é muito interessante e de excelente conteúdo!
Parabéns!

terça-feira, 28 fevereiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

Eu faço minhas as palavras da
Dra. Daniela Mann..."O seu Blog" é deveras interessante! :-)

Agora a sério, nem me lembres a violência juvenil...é um drama diário e está muito mais perto de nós(alguns) do que era desejável...

BeijOcas

terça-feira, 28 fevereiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

Não sabes que emoções provocam? Experimenta e já ficas a saber...

terça-feira, 28 fevereiro, 2006  
Blogger Alex disse:

As nossas crianças e jovens estão cada vez mais violentos e em grupo agravam os comportamentos tornando-se por vezes perigosos. Só mantendo-os ocupados e acompanhados por adultos é que se pode impedir a repetição destas cenas macabras como estas.
Castigo exemplar é o que merecem.

terça-feira, 28 fevereiro, 2006  
Blogger Unknown disse:

Compreendo o problema, mas choca-me algumas coisas que se se escrevem aqui. Gostava de lembrar que sempre houve crianças violentas, que por sinal iam parar a casas de correcção, onde ficavam mais violentas ou dóceis como cordeiros. Quanto aos filmes que o Terreiro quer proibir, eu sempre me lembro de ver desenhos animados onde um rato malandro, ou outro bicho, vai dando marteladas, fazendo explodir bombas, atirando bigornas, etc, e não foi por isso que fiz o mesmo, eu ou outros putos que cresceram comigo, posso até lembrar um que já morreu por ser alérgico as balas da GNR e pelo sinal era o que curtia menos a malfadada TV. A tanga de que a culpa de tudo é da televisão é falsa, a culpa é da falta de umas “cimbradas” porque agora não se pode tocar nos putos, eu levei algumas galhetas e só me fizeram falta as que não levei.

Um abraço

terça-feira, 28 fevereiro, 2006  
Blogger Agnelo Figueiredo disse:

Ai o que ele disse, o GreenSky. Que coisa horrível.
"Cimbradas" e "galhetas".
Livra! Blasfémia! Incrível!
Comoserápossivelqueainda hajaquemtenhaestespensamentosreaccionários?

quarta-feira, 01 março, 2006  
Blogger Tilangtang disse:

pois para mim o que falta é educação e amor. sem essa dupla a funcionar nada feito!

quarta-feira, 01 março, 2006  
Blogger Avó do Miau disse:

Muito obrigada pela sua visita ao AMAR-ELA. Continuarei a visitar este espaço com muito gosto e fico feliz por ter gostado dos meus artigos!
Um abraço,
Daniela

quarta-feira, 01 março, 2006  
Blogger rafaela disse:

Não acredito em mudanças radicais, não me parece que esses jovens se poderão transformar em adultos melhores e não quero imaginar o que serão os seus filhos!

quarta-feira, 01 março, 2006  
Blogger Zel disse:

Violência sempre existiu, informação rápida e cruel, não!

As notícias de hoje só valorizam o que é " MAU" .

Devemos sim, nós Pais, questionar se a educação que alguns dão aos filhos, é ou foi a que receberam, pois infelizmente, dou conta de " liberdades" a mais em algumas crianças, e às vezes o equilíbrio é cortado.

Temos e devemos pensar nisto, acho que deves continuar abordar este assunto.


Forte abraço.

quarta-feira, 01 março, 2006  
Blogger Zel disse:

Violência sempre existiu, informação rápida e cruel, não!

As notícias de hoje só valorizam o que é " MAU" .

Devemos sim, nós Pais, questionar se a educação que alguns dão aos filhos, é ou foi a que receberam, pois infelizmente, dou conta de " liberdades" a mais em algumas crianças, e às vezes o equilíbrio é cortado.

Temos e devemos pensar nisto, acho que deves continuar abordar este assunto.


Forte abraço.

quarta-feira, 01 março, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

"homicídio"...

"por puro divertimento"...


A autópsia parece que foi inconclusiva. A ser assim, nem homicídio haverá para julgar...

Sinceramente não sei se terá sido por divertimento. Ouvi pela boca de um padre responsável pelas Oficinas que os rapazes se terão organizado para dar uma lição a um homossexual que os andava a assediar e a incomodar...

Será pacífico que ocorreu a agressão. Mas o mais, ainda não está estabelecido.

Neste momento ainda não tenho qualquer certeza quanto aos factos ocorridos, pelo que não acompanho (ainda) a sua peremptória censura dos rapazes.

quarta-feira, 01 março, 2006  
Blogger Blogexiste disse:

Continuo a achar que se está a incentivar uma cultura da irresponsabilidade... as pessoas não são responsáveis pelos seus actos... há sempre uma explicação... um pedopsiquiátra... uma causa... a culpa do sistema... enfim, depois dá nisto!
Quanto ao divertimento, também acho que cada vez é mais difícil separar a realidade do virtual... depois dá nisto: Game Over

quarta-feira, 01 março, 2006  
Blogger Penélope disse:

Eu quero acreditar num futuro melhor!
Não entendo a escravatura, a inquisição, os regimes totalitaristas e em todos os crimes que se cometeram em nome da humanidade, do avanço civilizacional; mas olhando para trás acredito que a humanidade aprendeu algumas lições e que a maldade (sim, é disso que trata o seu post) e o ódio se aprendem não só em casa como na rua – por isso somos todos culpados e é isso que nos custa a ouvir!

Penélope

quarta-feira, 01 março, 2006  
Blogger Vica disse:

É, infelizmente histórias assim estão acontecendo no mundo inteiro... acho que a escravidão nunca terminou... o desprezo de um 'ser humano' por outros só mudou de forma...

quarta-feira, 01 março, 2006  
Blogger Bird disse:

Ainda sem regresso à vista mas tinha de ver-te...

A tua preocupação deveria ser a de muitos pais que se escudam em muitas horas de trabalho em muitas neuroses para não se ocuparem do acompanhamento dos filhos. Todos sabemos como os valores familiares se têm destruturado, como já não há tempo para coisa nenhuma. Sim eu sei, a eterna desculpa. A educação começa em casa. A tendência dos pais tem sido responsabilizar a escola. Mas como é possível responsabilizar terceiros se não fazem o trabalho de casa???

Beijo grande como o que me deste e te agradeço muito

quarta-feira, 01 março, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

'jocas maradas' :-)))))))))

Bjs SPOrtinGuistas

quinta-feira, 02 março, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

Ainda mais assustador, é mesmo a perspectiva de esses jovens, poderem vir a ser pais...Como será que vão olhar para os filhos , qd eles fizerem birras, não dormirem ou não quiserem comer?
Já não falando qd estiverem doentes, qd por norma são dificeis de sossegar...
Bom, mas ainda acredito, que alguns deles aprendam, com os próprios erros, e mudem alguma coisa, no seu destino...
Deixo um beijo

quinta-feira, 02 março, 2006  
Blogger Alberto Oliveira disse:

Penso que o essencial já aqui ficou escrito. Reitero que a educação (desde tenra idade) está na base de uma problemática social que não se esgota na violência ou na maldade. As condições de vida degradantes que a maioria de nós não desconhece (teóricamente)acrescentam algo mais à dificuldade de resolver problemas sociais deste tipo. São necessários programas de reabilitação social; sem dúvida. Mas (não menos importante) seria importante que o fosso que se cava entre os que mais têm e os que nada possuem, não se alargue tanto como se tem vindo a alargar. As convulsões sociais não acontecem por acaso...

Abraço.

quinta-feira, 02 março, 2006  
Blogger Mia Pierrèt disse:

Antes de mais: estou de volta :) De volta das "pseudo-férias" ou lá o que foram estes dias passados até hoje. É sempre bom, saber que fazemos falta . Obrigada :*

Acho que as crianças precisam de regras. Não regras a mais, não regras do "porque sim, sou tua mãe e quero", mas regras com pés e cabeça que nos deem orientações de vida ou, pelo menos, ajudem a desenhar um mapa bem definido.
Há pais, por cansaço, por peso na consciência do tempo que não estão com os filhos, fazem-lhes as vontades todas. Não me parece que seja educar.
Mostram-lhes um mundo muito fácil e super acessível, quando na realidade não o é. O resultado só pode ser pessoas cada vez mais frustadas, habituadas a terem tudo à sua maneira e desajustadas socialmente.
Torna-se compreensível que o escape delas seja algo deslocado para nós. Mas no ver delas, é algo natural porque seguiram a vontade deles e não pensaram nos outros. As crianças de hoje em dia não conhecem o significado do "outro". Até aos tres anos, psicologicamente o outro nao existe. Nos anos seguintes, só existe ela para os pais e para a família, quando entram para a escola... ou se adaptam ou vivem isolados com playstations e jogos solitários do género, que fomentam o aparecimentos de crianças "psicopatas".
Se nós damos, oferecemos este mundo às crianças, estamos à espera do que? de Génios? de Einsteins?De pessoas ajustadas?...

kisses

domingo, 05 março, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

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sábado, 03 março, 2007  

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