Bancos e desempregados
Ouço, esta manhã, na rádio que alguns bancos têm recusado a abertura de conta a pessoas que se encontram no desemprego. Que medo têm os bancos dos desempregados? Serão estes menos honestos que o empregados? Não darão tanto lucro? Não serão fiéis cumpridores das suas obrigações?
Muitas outras questões se podem colocar. Mas não merece a pena. Apenas reflicto nisto: um desempregado não é um terrorista, nem um delinquente. Nem sequer essa é uma condição para toda a vida. É, muitas vezes, fruto da época em que vivemos, sinónimo da pior faceta do mercado liberal em que acredito. É, tantas vezes, vítima de reestruturações empresariais que se fazem na busca de uma resposta mais adequada para dar à avidez dos seus accionistas que clamam por mais e mais lucro. Quase sempre a falta de imaginação dos empresários leva a que o despedimento seja a solução imediata mais fácil. Não se incorporam receitas. Eliminam-se despesas.
Portanto, desempregado é isso mesmo. Nada mais.
Há histórias absolutamente fascinantes de pessoas que, qual Fénix, conseguem renascer das cinzas. Às vezes é preciso a ajuda de um banco. Este pode e deve contribuir para amparar o seu cliente e tornar possível o seu sonho. Fazer do cliente um vencedor. É para isso que existe o capital de risco.
Negar abertura de uma simples conta pode significar o fecho de uma janela de oportunidades. Mas da banca já tudo se espera. E cada vez mais me convenço que a melhor definição de banco é esta que encontrei, um dia, algures numa revista: Um banco é como alguém que lhe empresta um guarda chuva em dias de sol e corre a pedi-lo de volta quando começa a chover.
Claro que nada disto é verdade. Sou eu que também tenho o direito a dias assim.
Muitas outras questões se podem colocar. Mas não merece a pena. Apenas reflicto nisto: um desempregado não é um terrorista, nem um delinquente. Nem sequer essa é uma condição para toda a vida. É, muitas vezes, fruto da época em que vivemos, sinónimo da pior faceta do mercado liberal em que acredito. É, tantas vezes, vítima de reestruturações empresariais que se fazem na busca de uma resposta mais adequada para dar à avidez dos seus accionistas que clamam por mais e mais lucro. Quase sempre a falta de imaginação dos empresários leva a que o despedimento seja a solução imediata mais fácil. Não se incorporam receitas. Eliminam-se despesas.
Portanto, desempregado é isso mesmo. Nada mais.
Há histórias absolutamente fascinantes de pessoas que, qual Fénix, conseguem renascer das cinzas. Às vezes é preciso a ajuda de um banco. Este pode e deve contribuir para amparar o seu cliente e tornar possível o seu sonho. Fazer do cliente um vencedor. É para isso que existe o capital de risco.
Negar abertura de uma simples conta pode significar o fecho de uma janela de oportunidades. Mas da banca já tudo se espera. E cada vez mais me convenço que a melhor definição de banco é esta que encontrei, um dia, algures numa revista: Um banco é como alguém que lhe empresta um guarda chuva em dias de sol e corre a pedi-lo de volta quando começa a chover.
Claro que nada disto é verdade. Sou eu que também tenho o direito a dias assim.
32 Comentário(s):
É verdade... é verdade...
É por isso que eu acredito que um banqueiro é um economista refinado.
Parece suculento mas faz mesmo muito mal à saúde. (como o açucar - aliás é por isso que eu prefiro o açucar amarelo).
João Lopes,
Claro que TUDO ISTO é verdade!
Não estás em dia 'não'. Tens razão. Mais, os Bancos, as Seguradoras e outras coisas que agora não me quero aqui lembrar, vivem única e exclusivamente, às custas do dinheiro de todos.
Quanto mais se tiver melhor.
Se se tiver pouco mas um emprego que garanta a nossa dependência ao Banco, tambem serve. Até porque são muitos a terem pouco...e 'grão a grão...enche o Banco o papo'.
Se não se tiver mesmo nada, não serve os interesses dos Bancos.
Beijos
Benficaaaaaaaaaaaaaaaaa !!!
;-)
Seria engraçado confrontá-los, por exemplo, com a situação de um desempregado ganhador de um euromilhões...
Concordo contigo mas sabesque esta nossa sociedade não dá "cheques em branco"...não dá oportunidades às pessoas...
cada um que se desenrasque, por assim dizer!
Impera a lei do mais forte...os outros...que se "danem"...
BEIJÃO, BShell
Eu diria também que essas instituições só dão uma chouriça a quem lhes dá um porco, como se costuma dizer, e não pode ser um porco qualquer.
Sim...? Jocas maradas...
...realmente tens razão... faça?...infelizmente parece que anda todo o mundo "anestesiado"...enfim...
Jinhosssssssss
Eu não tenho nada contra isso, até porque são empresas privadas cujo objectivo principal é o máximo lucro (não será o objectivo de todos nós). O que eu não posso concordar é com a invasão da privacidade, os bancos (ou as novas PIDE’s) só deveriam ter acesso a essas informações privadas se o cliente quisesse pedir cheques, cartões de crédito ou outras formas de crédito que pudessem por em risco (de ficarem a arder) a instituição. Já estou como diz o amigo TSFM, eles é que inventaram que a manutenção de uma conta tem custas…
PS – Não nos podemos esquecer que quem manda nisto são os bancos, os fantoches da assembleia mexem-se conforme a mão que têm metida no rabo.
PSS – Os bancos são as únicas empresas que podem fugir legalmente aos impostos.
Mas claro que tudo isso é verdade. E também não é menos verdade, que as histórias de pessoas, quais Fenix resnascidas das cinzas são a excepção à regra. Não estou a ver a banca a conceder milagres sociais a pobres-diabos de quarenta e poucos anos, desempregados e que dificilmente arranjarão outro emprego. Ou a começar uma actividade própria, num país onde as pequenas empresas se estruturam a maioria das vezes sem conhecimentos de base, que é como quem diz, se aventuram num emaranhado económico que lhe é adverso e onde poucos se safam.
Mas nada de pessimismos; foi criado um novo banco que vai ajudar um exército de cidadãos com dívidas até ao tecto. Condição primeira: hipoteca sobre a casa própria.
Hoje não estou com muita vontade de rir; estou com cieiro nos lábios...
De tudo o que aqui dizes o que me ocorre é perguntar como se pode pedir às pessoas a quem não se ensinou, que se reciclem que progridam, que evitem encontrar-se na condição de desempregados??
Não falo obviamente de quem passou ou passa a vida, por mero oportunismo, encostado ao emprego. Falo de quem só soube trabalhar a vida toda e não se deu conta que de repente a economia deste País por muito precária teria inevitavelmente que acompanhar o ritmo da dita modernização e do crescimento acarretando tudo o que isso implica.
Para esses que agora se encontram nesta situação deveria criar-se um plano de sobrevivência. Mas como vivemos nas eternas sociedades globalizantes, nada disto interessa. Para não falar da proibição que o governo deveria impor à Banca em situações destas.
Um beijo para ti
JL visita o meu blog e entra na rede das manias...
...então e os bancários que pensam que são banqueiros? que arrogância! esquecem-se que hoje estão ali e amanhã podem estar do outro lado do balcão.
jocas maradas...
;-)
Olá! É a primeira vez q escrevo neste blog, preferi ser apenas espectador durante este tempo.
Antes de mais dou os parabéns ao João, q apesar de conhecer há pouco tempo, posso dizer q é uma pessoa afável e simpática, fora os dias maus...embora agora mais q antes...
Vou manter-me anónimo mas atento. Até breve e obrigada pela surpresa deste blog. Parabéns por este trabalho.
Dos bancos ao fisting... valha-nos Santa Antónia do Assobio!
A culpa é dos políticos que os deixam fazer o que lhes apetece.
Infelizmente, neste país, a banca e os seguros fazem tudo o que lhes apetece com os clientes.
Mas é obrigatório saber-se a situação perante o emprego de um cliente.
Andam tão bem informados que até se dão ao luxo de não querer correr riscos com clientes. Isto está cada vez mais lindo.
Penso que na CGD, por enquanto, não há dessas palhaçadas.
As coisas não são tão evidentes assim, se o desempregado tiver dinheiro, para investir e abrir uma duas ou até três contas, nenhum banco lhe vai dizer que não. Agora se não tiver dinheiro ou até mesmo rendimentos … alguém me pode dizer porque é que estes senhores /as querem uma conta aberta num qualquer banco?
Abraços
adorei a do chapéu de chuva!
mas então quando se empresta algo a alguém, não é para devolver? tem que se esperar que chova?
ahahah (bancos) ahahahah (bancos)
ladrões(ahahahah)ladrões (ahahahah)
tem que se ler BEM as letras miudinhas...
Beijo ;)
Sim, de uma forma descomprometida com as grandes teorias que se t~em vindo a desenvolver nestes comentários, concordo com o Terreiro. Se um desempregado, ou outra pessoa qualquer não tem dinheiro para que raio precisa de uma conta no banco?!... será que é para ter cheques carecas?!!!
Será que é para ter um cartão multibanco para encher os espaço a isso destinado na carteira?
É que se o desempregado tiver dinheiro duvido que qualquer banco se recuse a abrir a tal contita...
Isto cheira-me a teoria da conspiração, ainda não alcancei o que na realidade se pretende...
Ò legível, o teu cieiro faz-me lembrar um amigo médico que nas mesmas condições eu forcei a rir, contando uma singela anedota, e ele, coitado, riu com os beiços esticados para não racharem.
Os Bancos, de certa forma, personificam a corrente mais avançada do liberalismo selvagem... assediam-nos se desconfiam que nos podem chupar o tutano... cospem-nos quando já não há nada para chupar!
no entanto os estudantes assim q entram na faculdade quase q obrigam a abrir uma conta..
terá mais dinheiro o estudante que o desempregado!?
A crise.
E já que fala em Fénix.
Beijinhos.
Devíamos ter mais respeito pelos Bancos, " tadinhos", Os lucros cada vez são maiores... e a custa de quem??????
Podem ditar e fazer as suas próprias leis!!!
Com os grandes grupos ninguém se mete! Nós é que pagamos as " favas"
Mas, quando se abre uma conta num banco é sempre estabelecido um capital mínimo para o efeito. Se o titular agir de má fé e prejudicar alguém, o banco e/ou lesado accionam os meios legais. Sim, os criminosos devem ser punidos.
O problema é que os tribunais estão entupidos de processos destes.
Mas, o negócio bancário já não tem que correr riscos? Por causa de uns pagam os outros? Desempregado é a mesma coisa que criminoso? Um ex-criminoso, que cumpriu a sua pena, não pode refazer a sua vida? Um pequeno cliente hoje não pode vir a ser um grande cliente amanhã?
É assim que um banco, na sua boa fé contratual e espírito comercial, vê um novo cliente desempregado?
Nestes casos a lei é omissa - como convêm à banca.
Atenção!!! Há bancos que são uns autênticos aspiradores.
No que toca a despesas de manutenção, os bancos fartam-se de ganhar dinheiro à custa de clientes com baixos saldos médios nas contas.
Sobretudo, nunca passem um cheque sem cobertura. Vão ver as pancadas que levam para não verem o vosso nome conspurcado na base de dados de maus pagadores do Banco de Portugal. Se o fizerem, mesmo que inadvertidamente, o vosso banco reserva-se ao direito de vos esfolar vivos até ao tutano com uma bateria de taxas, despesas e encargos.
Nestes casos a lei não é omissa - como convêm à banca.
Alex (Abrunhosa)
PARABENS JL, Já pode abrir uma contita, viva a Atral Cipan....
Isso já é considerado um trabalho por parte de qualquer instituição bancária, agora essas tangas da politica na sei...
É verdade, ó JL, o GSK tem razão, agora que o meu amigo já está a tarbalhar, já tem um trabalho, já se deixou de ter um emprego, já pode estar descansado: agora até os bancos o vão respeitar mais.
Bem vindo ao mundo do trabalho...é para saber o que custa a vida...
Atral Cipan!?
Fico contente de saber a novidade.
Parabéns JL.
Mas, quando estiveres rico, com essas contas bem recheadas, não te esqueças dos "Blogistas".
ARRANHA ...
Ainda ontem foi ao meu banco por causa de 10 euros que me "limparam" da conta. Porquê perguntei eu, porque não tive um saldo médio do trimestre de 2500 euros. Filhos da puta, deixa estar que já lhes conto. É que é já a seguir. Vou fechar a conta. Ainda à pouco tempo abriu mais um, vou saber as condições desse e de outros.
Mas os desempregados precisam da conta para lá pôr o quê? Ok, ok, ok, estou a brincar com coisas sérias (talvez mereça 3 anos de prisão), mas eu falo de barriga cheia! Ou vazia... sim, mais vazia! Como já estive desempregada, posso rir da minha própria desgraça.
ah não???
gostei dessa definição é por isso que guardo o dinheiro debaixo do colchão!!!!!!
não falemos de bancos: os afilhados do cavaco!
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