Terror em Bombaim
Sabem que dia é hoje? Perguntem aos familiares das 150 pessoas que pereceram nos comboios em Bombaim. Hoje é dia de terrorismo. Outra vez. Outro dia 11. Dia 11 de Julho. Há um ano e quatro dias foi em Londres. Recordam-se? A 11 de Março em Madrid e o inesquecível 11 de Setembro de Nova Iorque, o maior ataque terrorista ao mundo.Como se vê não é preciso ter travado a campanha anti terrorista para estar a salvo de ataques. A Índia, que se saiba, não declarou apoio a ninguém. Muitos disseram que só houve Madrid e Londres por causa do envolvimento dos seus governos na luta anti terrorista ao lado dos EUA. E Bombaim existiu porquê?
Esta é a grande diferença entre a guerra e o terrorismo. Não sou apologista de nenhuma destas formas de exibir força e poder, mas a ter que escolher, escolho a primeira. Tem dia, hora e local marcado. O terrorismo não. A primeira ataca alvos militares. Os mortos civis são danos colaterais. No terrorismo acontece precisamente o inverso: dizimar o maior número de civis é o objectivo. E não há danos colaterais. Quer-se sangue, muito sangue. Segue-se um minuto de silêncio em memória de todas as vítimas de ataques terroristas no mundo inteiro.
publicado por JL Às 20:31
15 Comentário(s):
O teu texto é o reflexo do que sinto mas não sei muito bem como o exprimir.
Para mim a guerra é um acto interesseiro, falso onde todos são manipulados o terrorismo é o culminar de um acto de insanidade de loucura embora os que os planeiam nem sequer mereçam ser chamados de loucos. São pessoas más, mesquinhas que conseguem fazer lavagens cerebrais como ninguém.
Não escolho nem a guerra nem o terrorismo, prefiro optar por tentar acabar as guerras e o terrorismo de todos os dias e rezar para que sempre que alguém pretenda fazer rebentar uma bomba esta rebente antes de magoar inocentes.
não vejo civis mortos como meros danos colaterais. é desculpa de quem faz guerra-pela-guerra e também não tem alvo definido.
Esses filhos da p**a desculpe-me a frontalidade, continuam a fazer das deles, parece tambem que gostam de nos lembrar sempre o primeiro 11 em que vi cair os icones do capitalismo.
A minha solidariedade para com os inocentes indianos.
sobre os atentados e quem os fez,
mais noticias 'frescas' aqui:
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1263782&idCanal=18
O terrorismo não tem um alvo estabelecido previamente. Visa a propagação do medo geral na população,tenta vencer por um sentimento geral de instabilidade.
A gueera é diferente, como bem dizes. Mas cada vez mais essas diferenças estão esbatidas. A guerra do Iraque, a atitude das tropas norte americanas, teve mais a ver com atitude terrorista que atitude de guerra.
Não atacaram só alvos militares e os mortos civis não foram danos colaterais.
Falaste no 11 de Setembro de Nova Iorque. Sempre que leio isso não consigo olvidar um outro 11 de Setembro, o do Chile, onde os americanos foram muito responsáveis pela posterior carnificina do regime de Pinochet.
Aí estavamos perante uma atitude terrorista. A dos E.U.A.
Um tipo de terrorismo encaputado. O de gabinete, o de influências, o de contra-espionagem. Mas não deixa de ser terrorismo. Quiçá até mais perigoso porque esbatido.
Um sorriso e um beijo*
(estou em silencio)
Qualquer palavra nao transmitiria a minha revolta. India está na lista das minhas próximas viagens e na lista de muita gente, que como eu, está no Oriente. Penso que o meu silencio revela muito do está a ser sentido por cá...
( )
pois....
o 11 associado a terror tonto sem fim.
nada a acrescentar ao que já se disse
abraço
RPM
Uma tristeza, tanta violência!
Não se admite, tanta gente inocente...
Bjs
É triste acreditar que a raça humana só vai parar de ser mesquinha (por um momento) quando estivermos todos na eminente extinção por um meteorito ou algo do tipo...
... e finalmente: Paz na Terra.
Sim, lamentavelmente não se conseguem evitar estas horrores!
Lembro, sim....
Abraço de saudade!
BShell
:(
Beijo
...concordo em tudo contigo Joao...e até onde isto irá?...ás vezes preocupa-me e muito:(...
Jinhosssssssss
Parabéns por este texto!
De facto, há uma certa tendência perversa da notícia de tais tragédias nos passarem literalmente ao lado.
Vemos as imagens, mas no fundo não reparamos, não reflectimos, demasiado consumidos pelas nossas questiúnculas do dia-a-dia.
Há vítimas de guerras insanas (não o são todas?) e deste terrorismo sem rosto a sofeer, a perecer por todo o mundo.
E nós o que fazemos? Ficamos tranquilamente refastelados no sofá à espera de saber a última contratação do SLB ou do FCP ou a saber as últimas do Salão Erótico de Lisboa.
Mas outros há que clamam o seu grito de revolta e que escrevem textos assim! Adorei!
Beijinhos
Ana
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