Um novo banco de Jardim?
Não sei se é verdade o que ouço por aí e através de amigos que me dizem que a Ministra da Educação quer introduzir novas regras na licença de maternidade das professoras. Ao que parece, o tempo de serviço da licença de parto deixará de contar para efeitos de reforma. Na prática uma professora que tenha dois filhos e que usufrua de 8 meses, no total, de licença de maternidade terá que repor esse tempo imediatamente antes de entrar na reforma.
Parece-me mal. Muito mal! De repente fica a ideia que o Ministério da Educação deve ter-se mudado de armas e bagagens para a sede do BCP. Tão criticado foi Jardim Gonçalves porque não admitia mulheres no banco para evitar essas “baixas” e cai-se no erro de ir por um caminho pouco claro e muito tortuoso. Afinal eu julguei que era importante para o país se houvesse um aumento na taxa de natalidade.
Este episódio faz-me lembrar um outro, de má memória, de um superior hierárquico que tive há muitos anos, que não queria admitir mulheres na sua equipa porque elas emprenhavam. Claro que, aproveitando o ensejo, lhe disse que fazia ele muito bem, acrescentando que tinha muita pena que a mãe dele nunca tivesse tido a oportunidade de trabalhar e de se afirmar no mercado de trabalho. Quando me perguntou porquê, respondi-lhe, de imediato, que se assim fora a sua mãe talvez tivesse optado pelo trabalho em detrimento da sua gravidez. Remédio santo. Não mudou de opinião mas não mais se atreveu a dizê-la em público.
26 Comentário(s):
João,
Até pode ser verdade...
mas duvido... e enquanto não tivermos a certeza... não comento!
O caso da baixa taxa de natalidade é um facto que os nossos políticos terão de contornar através de incentivos à mesma e não o contrário.
Aqui está uma oportunidade que os políticos têm para demonstrarem que sabem pensar a longo prazo, dando condições e incentivos aos casais.
Numa época em que tanto se fala da sustentabilidade da Segurança Social, está na altura de colocar em prática medidas que reflictam, realmente, essa preocupação.
A inércia governamental, especialmente neste capítulo, tem que acabar e ter-se-ão que tomar medidas que promovam o rejuvenescimento da população portuguesa.
Relativamente a este assunto não haverão dúvidas nenhumas, daí que esta possível medida seja totalmente descabida e absurda.
Amigo João,
Fico deveras impressionada com a sua volátil capacidade para ora brincar (fazer graçolas) com as mulheres ora para lhes tomar as dores do parto.
(gostei do episódio que relatou - esteve muito bem)
Quanto ás eventuais novas regras sobre a maternidade, subscrevo o amigo Eduardo Leal. Embora não me surpreenda que possam existir. De momento desconheço se são mero boato, se são apenas um projecto de intenções, se são já uma proposta de lei ou o que é que são. Talvez nem cheguem a ser nada!!!
Gosto de me antecipar aos problemas, mas não gosto de sofrer por antecipação. Assim sendo, não comento. Estou casada e vou deitar-me. Boa noite.
Tb sou casada, é um facto.
Mas a esta hora, além de casada estou muito cansada!!
(ehehehe) A noite é fantástica para gerar boa disposição. Não acham?
"Assim" está bastante melhor...estás "perdoado",
por ora :-)
Qt À Ministra, não me admira nada que seja verdade...dela, já tuddo é de esperar, infelizmente.
Beijinhos
Este governo no seu melhor, enquanto a "socratissima persona" diz que se propoe aumentar a natalidade, ate querendo castigar com mais impostos os que nao tivessem filhos, sai-se agora esta ministra com esta, sera que fazem parte do mesmo (des)governo???
Um abraco de amizade.
só pelo facto de se querer penalizar quem tiver menos filhos atraves de impostos é que será um absurdo poder-se por a hipotese de concretização desta medida. simplesmente nao acredito. se for verdade é uma machadada numa rosa que em principio estará para florir!
Mau caro:
Neste país perde-se o pé com extrema facilidade. Ninguém diria que "fomos um país de marinheiros" pois se em vez de nadarmos, esbracejamos!!
Que me parece ser o caso vertente. Esbracejar para que sinta notada ( a senhora ministra) por algum nadador-salvador-masculino que não engravide e a salve de "meter água".
abraço.
Apesar destas medidas ainda não estarem oficializadas, só pelo simples facto de terem sido sequer pensadas, já é lamentável! Principalmente por uma mulher!!!
Foi pena a mãezinha dela não ter optado por uma carreira profissional em detrimento da gravidez...
Beijinhos JL, excelente post!
Que absurdo isso! Aqui, ao contrário, estamos em campanha para aumentar o tempo de licença maternidade, e permitir que as crianças pequeninas não só passem mais tempo com as mães, como também sejam amamentadas por mais tempo.
mas ou foi despromovido ou, como possui um cargo superior, lá engoliu a sua observação...
mas é mais uma da Nª Sª da Educação...mas vai ficar pelo caminho porque o que está a fazer é contraditorio com a necessidade que o Governo(s) falam sobre o aumento da natalidade...
coisas.....tontas de uma ministra a cair para lá...
abraço
RPM
o que pensas sobre Portugal contra Inglaterra?
saudações.
Até ao lavar dos cestos é vindima!
Não me acredito que a pobre da senhora ministra mande esterelizar as profs todas nos próximos tempos!
Votaram? Agora aguentem!
eheheheh! saudações!
O texto reza assim:
"7 – Nas situações de licença por maternidade e paternidade, faltas por doença prolongada
decorrente de acidente em serviço e isolamento profiláctico, bem como as que decorrem
do cumprimento de obrigações legais para as quais o docente é convocado, considera-se
interrompido o processo de avaliação do desempenho, relevando a menção qualitativa que
vier a ser atribuída no primeiro ano escolar após a retoma do exercício efectivo de funções
docentes, relativamente ao período que não foi objecto de avaliação, para efeitos de acesso
e progressão na carreira."
Ou seja, não deixa de contar para a aposentação, mas não conta para a progressão na carreira.
É menos estúpido, mas igualmente imbecil!
Não posso crer... E ainda dizem que é preciso aumentar a natalidade!!
A minha alma está parva, nem posso acreditar nisso. E eu a pensar que a taxa de natalidade no nosso país era baixa!!!
É caso para fazer aquela pergunta: Onde é que andavam estes governantes no 25 de Abril?
Com o mundial de futebol a decorrer anda tudo distraído e tudo pode acontecer...
Ao amigo Azurara,
Se a questão está centrada na avaliação do desempenho, parece que qualquer interrupção prolongada do desempenho concreto de funções inviabiliza só por si que esse desempenho possa ser avaliado. Intrinsecamente, está correcto o princípio.
Poder-se-á não concordar com a avaliação do desempenho. Mas isso é outra questão.
A ser assim conforme citas - e eu não conhecia a questão levantada por JL - parece que a antiguidade para efeitos de aposentação e o tempo de serviço não podem ser postos em causa. Nunca pelo regime aplicável aos professores, pois nestas matérias aplicam-se as regras do regime geral.
Ora nem mais caro Carneiro.
Em face da transcrição deixada supra essa é, de facto e tb em minha opinião, a interpretação correcta daquela excerto.
Se o docente pelos motivos ali referidos (maternidade, paternidade, imposições legais, etc) está prolongadamente ausente do serviço interrompe-se o processo de avaliação individual do mesmo.
Ora, isto parece-me perfeitamente defensável. Se o docente não está no desempenho efectivo das suas funções não poderá, logicamente, ser avaliado. Nem podia ser de outro modo porque, como referiu, seria inviável/inexequível.
Daquele excerto não extrai-o qualquer outra consequência, designadamente ao nível da aposentação, antiguidade ou progressão na carreira. O que ali se diz é o seguinte: no período em que o docente não foi avaliado (porque esteve ausente do serviço) releva para efeitos de progressão a avaliação qualitativa que for atribuída no primeiro ano após o regresso do docente ao desempenho efectivo de funções.
Importa clarificar que qualquer diploma legal deve ser interpretado na sua globalidade e devidamente contextualizado. Não fazê-lo é um acto temerário e passível de levar a conclusões erradas.
Eu acabei de praticá-lo. Não devia!!!
Mas confesso que estava a mexer comigo verificar tantos lapsos sobre o assunto.
Amigo João,
Desculpe dizer-lhe que não há novo banco de Jardim.
Inicialmente desconhecia o problema que levantava. Hoje, confiando no extracto que o leitor Azurara deixou, julgo poder dizer-lhe que a questão não se prende com a introdução de novas regras na licença de maternidade.
Muito menos são medidas direccionadas às "mães". A maternidade será tão-só uma das situações que se enquadra nas causas da interrupção do processo de avaliação dos docentes, no caso necessariamente docentes mulheres (os homens ainda não conseguiram esse privilegio).
Informar é um dever.
Informação esclarecida é (devia ser) um imperativo!
(suporte legal? acabou de ser criado por mim)eheheheh
:-)
... humm acho isso muito estranho! parece-me que há por aí muita má vontade contra a ministra
acredita que neste momento e para este contexto, sou muito cautelosa a dar opiniões
se há áreas onde são precisas introduzir mudanças, uma é a do ensino
A questão apenas se coloca ao nível da contradição do discurso´, e apenas no caso da situação de maternidade. É óbvio que se trata de período não avaliável. Mas, pretendendo-se estimular o aumento da natalidade, mais inteligentemente estaria o legislador se determinasse a diminuição do tempo de licença por maternidade no período em apreço. Era simples: emvez de ser avaliada durante 12 meses, sê-lo-ia apenas durante 7 ou 8.
Criava-se uma excepção, é verdade, mas com efeitos benéficos que a justificavam.
Era mais inteligente e, daí, menos imbecil.
Bom eu adoro crianças, o que significa que se tiver mts filhos tou feita trabalho taé aos 80 anos.
fica bem
Este assunto tem sido tema frequente quando se fala no no ECD, porque realmente como é que se pode "penalizar" uma mãe, se por um lado temos um país envelhecido e se deveria incentivar cada vez mais a natalidade?
esta mulher, enquanto mulher, é cada vez mais uma nódoa.
que vergonha.
(esta ainda não tinha ouvido/lido...)
bom fim-de-semana.
Não há filhos, não há crianças, logo não há lugares para professores.
Não há filhos de professores, logo, professores, aturam apenas os dos outros.
Não há filhos de professores, logo, as avaliações dos pais dos alunos, não vão ser feitas de professor para professor.
Não há baixas devido à licença de maternida, não há mais professores colocados.
Menos crianças, menos insucesso escolar.
Menos progressão de carreira, menos pagar aos professores.
Se não quiseres ser professor, não sejas, pois há sempre algum "tanso" que é por ti.
Enquanto não houver falta deles, não importa, pois há sempre alguém que quer o lugar do queixoso.
Experimente a senhora doutora passar um ano inteiro dentro de sala a ser atacada fisica e verbalmente. Oh! Não! Basta uma semana... ou um dia. Qual autoridade de professor, qual quê?!
O senhor secretário de estado, tente ensinar vinte (apenas) crianças ao mesmo tempo!...
Nem fazendo o pino...
Eu não estive cá.
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