quinta-feira, 29 de junho de 2006

Casamento homossexual

Ultimamente, um pouco por toda a Europa, e por cá cada vez com maior insistência, grupos organizados de homossexuais ou de partidos pseudo defensores dos direitos do homem, clamam pelo casamento entre pessoas do mesmo género.
Começo por dizer que não me choca nada, desde que disso não resulte qualquer prejuízo para a comunidade – o que é o caso – que os homossexuais tenham direito a um convénio que os proteja na sua vida em comunhão. Têm como indivíduos, eles e elas, todo o direito à defesa dos seus interesses como o têm os heterossexuais como eu.
É bom que nos lembremos, a título de exemplo, que sem um convénio desses cada um dos contribuintes naquela opção de vida não terá as regalias – se é que elas existem a sério – fiscais de um casal heterossexual. Terá problemas para a aquisição de imóvel com financiamento bancário e, à morte de um deles, à luz da lei não será herdeiro de coisa alguma.
Há outras razões mas estas bastam, por ora, para justificar a minha posição.
Então o que é que me faz espécie e comichão no meio disto tudo? Ora é exactamente o facto de se quererem casar. Numa altura em que a “instituição casamento” dentro e fora da Igreja se encontra em crise, uma vez que os casais heterossexuais procuram cada vez menos compromissos a longo prazo, são os homossexuais os titulares de salvadores mor da instituição.
A Espanha, por exemplo, já aderiu a esta moda. Já começaram a “chover” os primeiros casamentos de homossexuais. Preparam-se agora, para sair, os primeiros divórcios.

28 Comentário(s):

Blogger Al Cardoso disse:

Os casamentos sempre se podem fazer sem a ajuda de advogados, ora os divorcios ja se torma mais dificil.
Sabendo nos que a maioria dos politicos sao advogados, nao havera pra ai algum lobi por detras dos casamentos gay, para depois os poderem divorciar. Sabendo-se que cada vez ha menos casamentos heterosexuais, so pode!
pois sem casamento nao ha divorcio.

Um abraco Joao.

quinta-feira, 29 junho, 2006  
Blogger Maria P. disse:

Tens toda a razão, mas é como diz o povo: "ver para crer". Assim irá acontecer e claro que depois começam os divórcios.

Fui a 1ª a comentar! Pois é, hoje é feriado onde trabalho, por isso estou em casa.

Bom dia de S. Pedro.

quinta-feira, 29 junho, 2006  
Blogger Maria P. disse:

Olha afinal, o Al foi mais rápido, 2ª a comentar.

quinta-feira, 29 junho, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

poça, livra, caramba...é por essas e por outras que cada vez há menos HOMENS!!!! ai ai, vá-se lá perceber...tá tudo doido! ;-)

quinta-feira, 29 junho, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

Direitos?
Como é que contribuem para a renovação da humanidade/sociedade?
A "multiplicação" dá sempre resultado "zero".

quinta-feira, 29 junho, 2006  
Blogger Carmen disse:

Mesmos sendo uma instituição em falência, porque é que os homosexuais não lhes pode apetecer casar???
E quem pode decidir que um casamento que acaba em divórcio, não vale a pena??
Nesse caso, poderíamos questionar os casais hetero sobre se pretendem manter-se casados até que a morte os separe.Caso contrário é melhor nem se casarem?!
Mas fiquei a saber,pelo comentário acima, que só se contribui para a Humanidade/Sociedade com filhos.
Ficam assim desculpados, á luz desta teoria, os padres, que devendo manter a castidade e celibato, têm filhos, porque senão seriam uns inúteis...

quinta-feira, 29 junho, 2006  
Blogger Blogexiste disse:

Questão interessante: porque é que as pessoas insistem em se casarem quando daí só resultam problemas? O peso fiscal aumenta (apesar de se defender o contrário) o Estado começa a meter o bedelho onde não é chamado... enfim, do pior!

Subscrevo a «suspeita» do al cardoso!

quinta-feira, 29 junho, 2006  
Blogger RPM disse:

Olá amigo JL....

Como Homossexual e Católico não é, de todo importante, para mim, o casamento...

este é mais um momento de despesa do que de outra coisa! Um momento de dar dinheiro a empresas....

mas o que mais me importa referir é que a união entre duas pessoas deve ser feita baseada no AMOR....

todo o resto é folclore e da pior espécie!

não subscrevo qualquer tipo de casamento!

Subscrevo sim, a certeza dos actos que se realizam entre pessoas!

a responsabilidade, a lealdade, o respeito, o espaço de liberdade...

neste momento não vivo com ninguém porque não há gente com 5 dedos de testa que se comporte como deve ser uma pessoa com dignidade e presença!

um abraço de amizade

feliz s. pedro

RPM

quinta-feira, 29 junho, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

Olha tou chateadinha, não é que comentei à brava, e não ficou aqui nadica ??!!

( repetindo )

Olá João de Mangualde! Tá benzinho, tá ?

Ora bem, eu acho mal isto de ainda se discutir certas questões, que qd a mim só dizem respeito ao intimo de cada um. Questões como o aborto e a união entre homosexuais não se deviam colocar de todo.
Se duas pessoas se amam, tem direito de viverem sossegados, desde que não tentem vender o credo deles a outros, tudo bem. Pois, mas é isso que os heterosexuais adoram pregar aos 4 ventos, e apelam inclusive à igreja, e à biblia para condenar aquilo que para eles é bizarro.
Julgo que a insistencia em casar na igreja se deve a um fetiche de casar que se ganha desde que conhecemos a Branca de Neve e a Bela Adormecida, outro motivo para mim pode ser tb, a afronta, sim, lutam à mto tempo pelo reconhecimento do estado, da sociedade, da igreja, e não descansam enquanto não conseguirem tudo o que lhes negaram. Tendo em conta toda a história mundial, é bem irónico e divertido o Xôr Padre dizer " Pode beijar o noivo " lol
De qq das formas, tem direito a casar e a divorciar, se nós brincamos aos casamentos, eles tb podem.

Tenho dito :D

Afilhadinho :) beijinho da madrinha :D

Fica bem

MAnefta

quinta-feira, 29 junho, 2006  
Blogger Carla disse:

O reverso da medalha...
Beijos

quinta-feira, 29 junho, 2006  
Blogger Vica disse:

"Já começaram a “chover” os primeiros casamentos de homossexuais. Preparam-se agora, para sair, os primeiros divórcios".

Adorei!! Perfeita a tua observação.

quinta-feira, 29 junho, 2006  
Blogger Era uma vez um Girassol disse:

Cada um deve ser feliz à sua maneira, com ou sem casamento...
Se não fossem os meus pais, provavelmente não teria casado!
E isto passou-se à 34 anos, quando casar era quase obrigaçãom e não casar era pior que cuspir na sopa!
Lembro-me que fui durante muitos anos pressionada para casar pela igreja por um tio-padre do meu marido e resistimos sempre...
Enfim, ser livre é também poder viver como se quer sem prejudicar ninguém!
Mas percebo a tua ideia. Em tudo à um princípio, um exgero e depois atinge-se o equilíbrio!!!!
Bjs

quinta-feira, 29 junho, 2006  
Blogger Bel disse:

talvez os homens se entendam entre eles. As mulheres essas de certeza que não. Haverá divorcio certo talvez por algum homem.
bem hoje nao tou adizer consa com coisa

sexta-feira, 30 junho, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

Vamos ver como vai ser esse mundo dos divorcios, ms axo que ira ser igual a qq casamento.
Deixo-te beijoca *

sexta-feira, 30 junho, 2006  
Blogger Alex disse:

Tens toda a razão JL. Viver a dois é muito difícil.
A partir do dia em que me casei só levei pancadas:
- do rolo da massa
- da bonificação do empréstimo que foi a viola.
- etccccccccccc
Era bem feliz... oh se era...

Aconselho os meus amigos e amigas, amigos e amigos, amigas e amigas, que querem “suicidar-se” ou andem a exprimentar novos prazeres carnais, a casar com separação total de bens e/ou a fazerem bons acordos pré-nupciais.
Não sejam ingénuos.

sexta-feira, 30 junho, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

meu comentário nada tem a ver com o teu texto (cujo tema é bastante espinhoso). venho cá somente para dar-te o link de uma caricatura muito boa que envolve Portugal e Scolari: http://www.marioalberto.com.br/blog/pvc29.jpg

(o desenho é do excelente chargista Mario Albero: http://marioalbertoblog.blogspot.com/)

saudações.

sexta-feira, 30 junho, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

Para os defensores do casamento gay existe uma incoerência essencial: fazem da afirmação da diferença e da exigencia do respectivo respeito a sua postura publica essencial ou de princípio - com a qual aliás concordo. Mas para isto ou para aquilo já secundarizam a diferença exigindo um paradoxal tratamento de igualdade em situações que a não admitem, pela própria natureza das coisas.

Ora não pode ser tratado como igual o que é diferente (não estou a dizer que seja melhor ou pior. É diferente. Ponto final).

Que existem problemas sérios e,por vezes dramas pessoais imensos, pelo facto de não ser reconhecido a uma relação gay os mesmos direitos que são atribuidos a uma relação heterossexual, é inegável.

Mas, acompanhando o ponto de vista do post, uma coisa é garantir até por via legislativa a igualdade de tratamento em situações concretas, coisa diferente é meter tudo no mesmo saco. Ou seja, o regime legal das uniões de facto fazia muito mais sentido ser aplicado aos homossexuais do que aos heterossexuais. Estes, se querem ter um regime de bens especial, casam e tem 3 escolhas para esse regime. Porque raio de carga de água o Guterres lhes concedeu mais um 4º regime de bens - aplicável aos hetero que estão apenas "juntos." ?

Agora, isso sim, faria todo o sentido que o regime legal das uniões de facto fosse aplicável às relações gay, em especial garantindo igualdade de tratamento na fiscalidade, no direito sucessório, na aquisição bancária de casa, na partilha do património comum, no reconhecimento de um grau especial de "afinidade" que admita visitas na cadeia, no hospital, nos destacamentos profissionais, etc.

Agora chamar "casamento" àquela cerimónia que costuma aparecer nos telejornais só serve para criar anticorpos mesmo naqueles que acreditam com seriedade que os homossexuais devem ser mais protegidos em certos aspectos do nosso regime legal.

sexta-feira, 30 junho, 2006  
Blogger crt disse:

Brilhante caro Carneiro.
Reproduzo e subscrevo o seu comentário, se mo permite.

Aceito, respeito e reconheço-lhes liberdade de opção sexual, tal como defendo e exijo que respeitem a minha. Reconheço tb que a existência de determinadas especificidades devem, ou podem, dar lugar a tratamentos diferenciados, como os que referiu. Nessa conformidade, quer o legislador quer a sociedade deviam preocupar-se em criar mecanismos tendentes a permitir o reconhecimento e defesa dessas mesmas especificidades, com as inerentes consequências legais.
Não posso, porém, esquecer que existem coisas que, por serem tão "contranatura", não podem (sempre em minha opinião, que vale o que vale) ser metidas no mesmo saco, tal como referiu. Isto é, não podem servir de fundamento ou de reivindicação de um igual tratamento. Estou, obviamente, a falar do exercício do poder paternal ou do direito de adopção de crianças por casais gays. Trata-se duma matéria mais controversa, que me suscita as maiores reservas e que, confesso, me repugna aceitá-la de ânimo leve. mexe com questões muito complexas e que exigem muita reflexão e toda a prudência.

Portanto, aceito e acho muito bem que queiram casar, apesar da crise matrimonial que os sinais do tempo nos vão dando conta, e que pretendam que esse direito lhes seja legalmente reconhecido.
Por mim tudo bem. E se a coisa correr mal também tudo bem - divorciam-se, porque não?

sexta-feira, 30 junho, 2006  
Blogger Eduardo Leal disse:

Meu Amigo,

A vantagem de um contrato entre qualquer tipo de seres humanos, é que como se celebra, também se cancela.

Os casamentos são como as nozes... só sabemos como estão depois de abertos...
E ninguém deverá ser obrigado a comer fruta estragada.

Quanto à crise... não é geral!
É verdade que ela existe mas há sobreviventes.
Eu, por exemplo, celebro amanhã 20 anos. (casei aos 15!...)

sexta-feira, 30 junho, 2006  
Blogger Neoarqueo disse:

"...bem a coisa esteve feia, vi jeitos de lhe dar uma sova...mas depois acalmei, quando me chamou de Homem Sexual....foi a sorte dele..."

sábado, 01 julho, 2006  
Blogger APC disse:

A ideia do casamento faz impressão, e ponto final.
(E assim se poupariam palavras;-)

Já a ideia de se querer conquistar algo para si importante (porventura o tal do casamento), e não poder "apenas porque não", impressiona muito mais.

PS - Bati sem entrar; a porta parceu-me aberta; a casa pareceu-me acolhedora.
[05:30, parece-me tarde!!!]

sábado, 01 julho, 2006  
Blogger Crónicas de Ariana disse:

A mim, desculpem, faz-me uma certa confusão! Até porque depois do casamento, só falta a adopção! O que acho ridiculo! Qual será o conceito de familia? Então os nossos alunos (se forem casos de crianças adoptadas por casais homossexuais) não vão sentir-se deslocadas? Como fazê-las compreender isso? E no dia da mãe ou do pai, nas creches e escolas do 1º ciclo, levam sempre a prendinha... e depois?
Continua a fazer-me confusão...

sábado, 01 julho, 2006  
Blogger Sentires Cruzados disse:

Li o teu texto.
Li os comentários.
Parece-me que há alguma confusão no ar. Risos.
Hoje em dia, na lei portuguesa, os direitos de união de facto entre homossexuais já estão garantidos. Estão-no pela Lei nº7/2001.
Assim como, para os divórcios por mútuo consentimento, já não é necessária a presença de advogado. Basta a do Conservador do Registo Civil. (um dos teus comentadores aludiu ao interesse dos advogados/deputados em fazer aprovar a lei do casamento entre homossexuais). A presença do advogado só é exigida para a regulação do poder paternal e para a separação de bens. Para a separação de pessoas, desde que seja por mútuo consentimento, basta o Conservador.
Quanto ao teor do teu post..
Sou heterosexual mas não me choca o casamento entre homossexuais.Essa decisão pertence ao foro intimo de cada um. Não tenho o direito de vetar tal liberdade a um ser humano como eu. Acho que é uma questão de opção de cada um. Há que lhes conceder essa liberdade de escolha. Nós também a temos.
Só assim...caminharemos para uma sociedade mais igualitária e justa.

Um sorriso.
Um beijo*

domingo, 02 julho, 2006  
Blogger Mia Pierrèt disse:

Este teu post vem "tocar" numa tecla que me suscita algumas dúvidas quanto ao meu próprio futuro.
Para mim, o casamento é um acordo mútuo entre duas pessoas que se amam. Uma relação assumida dentro de determinado parâmetros que satisfaz os dois lados.
Para a sociedade, é um papel assinado com uma festa a condizer em que dizemos que temos um acordo. Papel esse que nos dá diversos direitos e variados deveres (que levemente nos esqueçemos quando nos dá mais jeito!) sobre o outro.
Aceito o casamento entre homossexuais.
Porque não? A maior parte deles já é casado, no ponto de vista em que assume e investe na relação. Porque não lhes devemos dar os direitos fiscais e essas burocracias?
Se nós temos a liberdade da opção do matrimónio, porque não deverão ter eles?

(acho bastante irónico o facto de os homens serem mt homofóbicos... dizem que nunca se dariam nem seriam amigos de gays, quando... olhando bem, tem amigos gays e nem se apercebem... )

domingo, 02 julho, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

para ovelha negra ( eventualmente ainda da família)

1.A lei 7/2001 já foi regulamentada?

2. A lei 7/2201 não considera (para ninguém, aliás) o ambito sucessório que, numa lógica de "casamento gay" é o principal efeito perante terceiros.

3. E eu, heterossexual, casado, não tenho direitos adquiridos sobre o conceito e instituto de casamento ? Se quando casei o casamento era uma realidade para heterossexuais, não ficará beliscada essa minha expectativa, aliás, legítima, de preservação do instituto (e estatuto) no ambito restrito dos hetero, caso o conceito venha agora a ser ampliado a quem não é heterossexual ?

4. Dito de outro modo, o direito à diferença é só para as minorias, ou as maiorias têm direito a preservar inalterados institutos e estatutos que foram criados para servir essa maioria ?

Cumprimentos cordiais deste "primo".

terça-feira, 04 julho, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

Uma amiga minha diz que hoje em dia só mesmo os homosexuais é que querem casar, mais ninguém quer!!!
eh eh eh eh eh

quarta-feira, 05 julho, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

errata: homossexuais

quarta-feira, 05 julho, 2006  
Anonymous Anónimo disse:

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quinta-feira, 25 janeiro, 2007  

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