Cuspir no selo
Há coisas que não podem, não devem ser ditas de forma leviana. Sobretudo por quem tem responsabilidades na estabilidade financeira e económica do país. As declarações do ministro Teixeira dos Santos sobre o caso Afinsa foram muito pouco prudentes e ponderadas. Quando questionado se o Governo iria tomar medidas para ajudar monetariamente os investidores portugueses que correm o risco de ficar sem as suas poupanças, o ministro foi peremptório, e bem, dizendo um rotundo: Não!
Esteve mal, contudo, nos argumentos. Dizer que o governo não pode abrir excepções e estimular negócios fraudulentos pode ter sido um nódoa negra no percurso do ministro.
É que um investimento de risco é uma coisa; um negócio fraudulento é outra! A acções cotadas na bolsa, por exemplo, são um investimento de risco. E este negócio dos selos, também. A diferença é que o primeiro se encontra devidamente regulamentado. O segundo não.
No entanto dizer que o negócio é fraudulento antes das conclusões dos investigadores pode tornar-se perigoso. Sobretudo quando se sabe que a empresa já operava no mercado espanhol há quase 20 anos e no mercado nacional detinha uma considerável certeira de clientes e um importante volume de negócios. É que se o negócio era fraudulento não se conhecem queixas dos investidores, por outro lado estranha-se a lentidão das autoridades competentes num e noutro país.
O ministro, sem querer, pode ter cuspido no lado errado do selo!
25 Comentário(s):
concordo contigo; é preciso também que se tenha em devida conta que desde sempre as empresas envolvidas pagaram aos investidores o que prometeram e o que estava contratualmente estipulado pelo que não houve até agora queixas; por outro lado, só com o congelamento das contas dessas empresas é que os contratos deixaram de ser cumpridos, porque se tais contas não tivessem sido congeladas os contratos continuavam a ser cumpridos; espero é que a montanha não venha a parir um rato com toda esta mediática operação luso-espanhola, é que tenho para mim que há algo por detrás desta operação que não a ilegalidade da operação. a ver vamos.
um abraço
1. Concordo com o comentador anterior. Há algo que não está bem explicado nesta operação. E se o empresário fosse espanhol, as autoridades espanholas teriam "atacado" ? E o volume de negócios não estava a incomodar a Banca ?
2. Formalmente o Ministro tem razão. Mas se existir mesmo fraude, o Estado Português não pode lavar as mãos, já que deixou que a burla se desenvolvesse debaixo do nariz sem nada ter feito. Com este pressuposto, seria viável acção de responsabilidade civil contra o Estado Português por omissão do seu dever de controlar um "crime em execução". Até porque do ponto de vista da inspecção fiscal, o Estado português poderia sempre fazer as inspecções que se impusessem, para aferir a solvabilidade do negócio (se outra razão técnica não houvesse para fiscalizar o negócio com cuidado).
Será que em vez de ter lambido o lado errado do selo ele não lambe é o mesmo lado que outros lamberam?
boa semana
E inacreditavel como empresas ha mais de duas decadas no mercado, e depois dos governos terem conhecimento de negocios pouco transparentes poderem continuar a operar e, ate condecorarem os vigaristas.
Infelizmente a incompetencia governamental nao e so em Portugal.
Agora quando quizerem chatear um espanhol, mandem-no comprar selos.
Ja a Beira Alta lhe nao bastava ter tido um Antonio de Santa Comba, agora tambem tem um Alberto, queria dizer Albertino.
Um abraco Joao.
Amigo JL,
Uma coisa há que reconhecer. Neste governo há uma verdadeira competetividade ao nivel das declarações! Cada qual tenta ser mais absurdo que o anterior.
Porque será que o nosso 1º Sinistro não os proibe de fazer declarações?
Saudações!
O Belsebu, gostei dessa do 1o. Sinistro.!!! lolololololo
Bom fim de semana para todos.
Tens razao, quando dizes que as declarações ou as palavras escolhidas foram um pouco imprudentes, mas o que está em causa é se o governo portugues indminiza ou não quem investiu as poupanças no negocio dos selos, bem na minha opiniao aqui concordo com o governo, em nao dava sequer um centimo.
E isto pega-se!!Hoje numa reunião científica um coordenador de um Instituto Público..não já não era boy mas é...coiso!!!desses sim!dos jobs!!!dizia eu,numa assembleia cheia de gente diferenciada e que tinha trazido o encéfalo,abriu a boca e disse as maiores enormidades que pensar se possa!
Espanto meu,a assembleia sossegadita nada!era o sr fulano de tal e eles mandam!!!!pois mas há sempre uma que acredita que valeu a pena um dia falar mais alto e dizer que pensamos,que isto não está à venda e que estamos fartos,levantei a manita e nada!Espanto meu,só o meu avô dizia que havia isto,não houve período de perguntas e respostas"Vamos almoçar!!!"Ó vamos!!!
Enganou-se,com um ar inocente e mais cândido sem microfone mas bem claro e de forma muito tranquila(sabe Deus como estava por dentro!!!) disse-lhe que não tinha entendido bem a intervenção dele e não podia de deixar de ficar bem claro um equívoca que me pareceu estar a ser lançado,três penadas e muito obrigada em nome dos que aqui não estão para se defender mas de cujo trabalho sou testemunha e me merecem esta intervenção!... e o artista deu o dito por não dito,que não,não era o que queria dizer,explicou-se mal!AAAAHHHH!Que cambada,que gente que mexe com o destino de gente fragilizada e susceptível,que desgoverno que atrevimento!
Um dia vão-se ver em palpos de aranha,comigo começam a estar mal,é que quem trabalha tem uma palavra a dizer,não me vergam nem morta!!!!
M
...passei para deixar um beijinho e desejar um bfs...e já agora desculpa a minha ausência, mas não tenho andado a 100%:(...
Para não comentar levianamente, vou ter de voltar com mais tempo e fazer uma leitura atenta do teu blog. Os títulos e de tudo o que li um pouco na diagonal, dão-me vontade de voltar.
Parabéns e até breve.
Devia preocupar-me mais com as coisas do país... vou-me preocupando por manter a minha parte o melhor que conseguir... o que é pouco, mas se cada um fizer isso e apoiar os outros para isso...
Bem... passo e deixo um sorriso!
:)
Como não posso escrever muito....
Recebi isto por email.......
Há décadas que andamos a ser invadidos e "comidos" pelos espanhóis! Seja através da aquisição de parte das nossas empresas, seja levando as nossas empresas à falência por fazerem melhor, seja inundando as nossas ruas com as suas lojas (Zara, Corte Inglês, e por aí fora), ficando com parte (grande, demasiado grande) da água dos nossos rios ou até levando os nossos futebolistas.
Agora tudo isso mudou!
Agora temos um novo Afonso Henriques!
Albertino de Figueiredo, presidente da AFINSA conseguiu enganar quase todos os espanhóis por quase todo o tempo e burlou-os em cerca de 1.005 milhões de euros! Viva o Albertino, que nos devolveu o orgulho! Viva Portugal!
Façam-lhe uma estátua! E quando um espanhol o chatear diga-lhe "Vai mas é comprar sêlos ó panasca!"
Pois amigo há um ditado que diz até á sentença o réu é inocente, baseado neste pensamento, pode n/ ser mesmo fraudulento ou seja até ao descobrir da verdade( se ela for descobeta)são todos honestos. Neste país onde o criminoso pede indiminisções ao estado por a justiça não querer ou n/ conseguir provar o crime tudo é possível, sabes que tenho um irmão que foi assassinado, e prenderam o criminoso, mas foi absolvido por falta de provas, e a judiciária disse ao juiz com uma grande sala a ouvir, tenho a certeza que este homem é o verdadeiro assassino . E depois que fazer existe justiça neste país, o Ministro n/ passa de um fantoche mera imagem de fixão.Quero avisar-te que no Crepúsculo existe um novo membro ( O Fernando do Fraternidades) espero que seja do teu agrado as crónicas dele. Beijinhos e bom fim de semana
"O ministro, sem querer, pode ter cuspido no lado errado do selo!"
mas isso é apanágio dos ministros deste governo.
soube ontem que o primeiro ministro fez, após a sua licenciatura, uma pós-graduação qualquer em "qualquer" coisa sanitária...
estará aí a explicação?!
Escândalos e mais escândalos, vigarices...E fica tudo na mesma!
Não se procura minimizar os prejuízos das pessoas, ninguém quer saber...
Aqui ao lado, é tudo tão diferente!
Bjinho
Vamos ver como é que este caso vai acabar...
Beijos e bom domingo
Pelo sim pelo não, não invisto nos e-mails (que não carecem da estampilha da ordem...) não vá algum negociante de arte virtual lembrar-se de me vir aos bolsos. Uso & abuso dos mesmos, uma vez que das cartas... já eram.
Óptimo domingo!
mas não estamos e não defendemos uma economia de mercado.
então as pessoas foram para esse negocio porque queriam ganhar mais...correu mal.
ou queremos uma economia capitalista ou não.
por toda parte, principalmente no Brasil, há políticos que não medem as palavras que proferem.
não sabem o peso que as mesmas podem ter no mercado financeiro, na opinião pública e na sociedade.
Coitadito do ministro... enganou-se... para não variar... é o que eles melhor sabem fazer não é?...
um abraço
olá joão, como estás?
obrigada pela tua visita
vou a mangualde este verão
o que me recomendas a visitar?
um grande beijinho,
alice
gostei de ler, estou de acordo contigo
jocas maradas
Olá amigo.
Não posso concordar com a tua opinião. De facto, por se tratar de um mercado não regulamentado, a exigência de prudência do invetidos tem de ser redrobada. A diferença entre o sistema financeiro dito "formal" e as ofertas menos ortodoxas coloca-se também ao nível das garantias que as instituições estão capacitadas a fornecer. Como tal, sendo uma oferta fora do contexto normal, deve ser encarada como tal; extraordinária. Ora, como bem sabes, o Estado não pode sustentar a desgraça anunciada de sistemas que jogam num campeonato paralelo. nenhuma destas empresas (Afinsa, Forum...) constituía provisões para fazer face a momentos dificeis.
Meus amigos: quem tudo quer...
Caro Fantástico Povo,
Se reparares bem eu também não sou de acordo com indeminizações aos lesados. Não acho, contudo, que as palavras do ministro tenham sido as mais correctas. De resto, se houve fraude andaram muitos anos até que se dessem conta que havia. E logo num negócio que não está regulamentado. É estranho, não é?
Qualquer dia vamos ter os jovens perfeitos para vocês políticos, deixam de beber, de fumar, de f..ecundar, etc.
Só se vive uma vez, tomem conta de vocês e deixem viver e morrer que assim o quer, importem-se convosco e deixem a porra da estatística.
Viva a aguardente que já o meu avô Barrigana fabricava e bebia .
Só se vive uma vez - deixem os jovens viver a sua juventude, se vocês não viveram a vossa que culpa têm eles…
Um abraço anarca
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