quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

O falhanço

No debate mensal do Governo na Assembleia da República, o Primeiro Ministro escolheu a segurança como principal tema, tendo destacado e anunciado uma série de reformas importantes para esta área vital do Estado, com a reestruturação das forças de segurança.
É, sem dúvida, importante o sector da segurança num estado de direito. É a garantia de que ele o é, efectivamente.
Mas não terá sido em vão que o Primeiro Ministro escolheu este tema. Mais importante do que a razão subjacente é a razão adjacente. É que, desta forma, tentou escamotear o aumento do desemprego no país e, por consequência, esconder o falhanço da sua promessa eleitoral na criação de cento e cinquenta mil postos de trabalho.
É certo que esse compromisso era para uma legislatura que só termina em 2009. Mas dois anos volvidos do seu início era legitimo esperar a criação de pelo menos metade dos postos anunciados.
E se por um lado muitas das medidas anunciadas são, de facto, necessárias ainda que isso nos custe a todos um bocadinho, também não é menos verdade que são sempre os mesmos a suportar o bocadinho que mais dói.
É verdade que o desemprego não acaba por decreto. Nem por decreto se termina uma crise. Mas decrete-se guerra na fuga aos impostos e aos baixos salários. Assim se pode, creio, estimular uma economia estagnada.

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5 Comentário(s):

Anonymous Anónimo disse:

Na minha modesta opinião, um País em cerscimento tem que ter um desenvolvimento harmonioso,longitudinal e transversalmente.
Este governo está a fazer ao contrário, está a acentuar as assimetrias entre litoral e interior, entre os grandes centros e as zonas mais rurais.
Desprezam-se os pequenos centros, menos desenvolvidos, e quer-se dar, ainda mais, força aos centros mais apetrechados ao nível técnico e humano.
A falta de coragem leva a estas medidas, que prejudicam os que mais necessitam ser ajudados, retirando serviços básicos às zonas menos desenvolvidas, em vez de apetrechar, as mesmas, com melhores condições, criando bases para cativar a população, do e para o interior, e fomentar o desenvolvimento.

Uma maior fiscalização, em todos os sectores, contribuiria para aumentar as receitas do Estado e melhorar as condições de vida no interior, ao invés, de as tornar insuportáveis.

Acho bastante caricato alguém que, quando sai à rua, anda rodiado de "gorilas" pensa saber tanto de segurança.
Esse muito saber, vai fazer com que se fechem esquadras ou diminuam efectivos, das forças de segurança em algumas zonas do país.
Pois é, quem não sabe o que é insegurança não sabe, também, que é, precisamente, nas zonas do interior que a criminalidade está a aumentar e é o interior que mais uma vez sairá a perder.

Se calhar mais vale inventarem uma linha imaginária, a meio de Portugal de norte a sul, ficarem com o litoral e entregarem a metade do interior a Espanha.
Este tipo de políticas não motiva as populações, não motiva quem trabalha a ter produtividade e rendimento, não gera desenvolvimento que, por sua vez, não gera riqueza, não promove o investimento e não gera empregos.

quarta-feira, 28 fevereiro, 2007  
Blogger Vica disse:

Crises por aqui, crises por aí... o mundo anda em crise, ao que parece. Saudades, amigo!

quinta-feira, 01 março, 2007  
Blogger CMatos disse:

Deste debate o que mais gostei foi da história das "Mulas e dos Camelos"
Um abraço

quinta-feira, 01 março, 2007  
Blogger Amaral disse:

JL
Acreditar em políticos é a utopia mais gritante que possa existir (pior mesmo que acreditar no Pai-Natal, esse, ou alguém por ele, ainda traz presentes).
Bom fds
Abraço

sexta-feira, 02 março, 2007  
Blogger Era uma vez um Girassol disse:

Apoiado...
Como se pode acreditar em mentirosos?????
Os políticos têm, normalmente o vírus da mentira no sangue!!!
Bjs

sábado, 03 março, 2007  

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