domingo, 11 de março de 2007

Pára Euribor, pára!

Nos últimos anos temos assistido a uma série de intervenções do Banco Central Europeu usando as taxas de juro como instrumento de travar a inflação ou de estímulo à economia, ora subindo, ora descendo as taxas directoras.
Recentemente, porém, todas as mexidas têm sido no sentido ascendente como medida de controlo da inflação. Esta, grosso modo, não é mais do que o encontro entre a procura e a oferta, entre produtores e consumidores determinando a pressão de preços no consumidor, para cima ou para baixo. Nada mais simples.
Significa isto, então, que com o aumento do preço do dinheiro o BCE quer impedir um aumento de preços no consumidor por via da diminuição do ímpeto consumista. Por um lado torna o dinheiro mais caro e, consequentemente, menos acessível, por outro porque as taxas de juro também sobem no aforro, estimulando a poupança.
De facto no passado as coisas funcionavam assim com as elevadas taxas de juro que se praticavam no mercado. Hoje as coisas estão diferentes.
A economia deve crescer, sobretudo, por via do investimento privado. O estado assume, cada vez menos, o papel de agente propulsor de uma economia global à escala planetária.
É, por isso, a pressão dos milhões de consumidores em todo o mundo que faz movimentar os cifrões da economia mundial, ora crescendo, ora caindo.
É neste sentido que muitos economistas hoje defendem que é errado continuar a usar as taxas de juro como instrumento regulador da inflação porque o seu desenfreado controlo pode atirar uma economia em crescimento para a estagnação ou, pior, para uma recessão económica.
O BCE deveria, então, hoje usar este mecanismo para fortalecer a economia europeia, defendendo a sua moeda e incrementando as transacções comerciais para dentro e, sobretudo, para fora das suas linhas de fronteira.
A América há muito que pratica essa política. Não é por acaso que é, hoje, a maior economia mundial tendo há muito ultrapassado uma Europa velha na idade e nos procedimentos.
Claro que um economista ou especialista explicariam isto bem melhor do que eu. Mas, muitas vezes, a economia é bem mais simples do que no-la mostram.

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8 Comentário(s):

Blogger Maria P. disse:

Eu gosto de vir aqui "beber" explicações, são objectivas e claras!

Boa semana, beijinho*

domingo, 11 março, 2007  
Anonymous Anónimo disse:

Quanto a mim o factor mais importante no crescimento de uma economia é a confiança.
Tanto a confiança do investidor perante os agentes políticos e banca, como desta perante o investidor.
Um estado motivador que transmita confiança é importante, também, que funcione como entidade reguladora da banca, pois, esta com os lucros que tem, por mérito compreendo, tem condições para assumir um pouco mais o risco.
Vou mais longe, em minha opinião, a banca é um sector onde parecem uniformizar-se procedimentos que só prejudicam quem dela precisa, sendo uma base e uma alavanca muito importante para parte dos seus lucros.
Um estado que desmotive os cidadãos, que não lhes garanta os serviços básicos em pleno funcionamento, que não incentive ao rejuvenescimento da sua população, nunca terá uma sociedade forte, empreendedora, dinâmica e com futuro.
Terá sempre uma sociedade que se gere a curto prazo.
Uma sociedade desmotivada não produz, não rende, não investe, não gera produção, não exporta e não se expande.
A economia pouco tem de inovador, é de ciclos, é tratada e praticada mediante interesses, é de meios termos.
Tanto é mau a escassez como é mau o que é excedente e, controlar, os meios termos não é fácil, pois, anda-se no limiar do bom e do mau.`
Em minha opinião é este limiar que define a competência dos políticos e a credível ou não história política de um país.

segunda-feira, 12 março, 2007  
Blogger CMatos disse:

Deeeeeeeeeesceeeeeeeeeeeeeeeeee Euribor deeeeeeeeesceeeeeeeeeeeeeee!
Raios parta isto.
:(

terça-feira, 13 março, 2007  
Blogger José Miguel Marques disse:

creio mesmo que novas subidas da euribor não terão as vantagens apregoadas, muito pelo contrário.
a economia europeia precisa de estimulo para crescer agora que aparenta estabilidade ao nível da crise. e tal estimulo não pode vir dos estados, pois estes estão endividados, logo só pode vir da economia privada do arrojo destes em investir em determinadas áreas.
contudo, com as taxas de juro a subir para supostamente controlar a inflacção e tornar a moeda europeia forte em relação ao dolar, o investimento privado tende a retrair-se a evitar grandes voos.
não é por nada que cá se apela aos empresários que invistam, mas estes não são burros e não vão investir com o dinheiro cada vez mais caro e sem perspectivas de ficar mais barato.
a politica do BCE tende a asfixiar as economias que precisam de sair da zona negra como a de Portugal, mas vá lá um gajo explicar isto a quem ganha 100 mil euros mês ou mais (não sei se tal valor corresponde à verdade é apenas um valor meramente indicativo)

terça-feira, 13 março, 2007  
Blogger BlueShell disse:

Mas é isso mesmo! O "pessoal" é que tem a mania de complicar!!!

Jinhos, BShell

terça-feira, 13 março, 2007  
Blogger Bel disse:

Actualmente a taxa é a maior desde sempre que a memória o permite recordar.

Mas que o anuncio está fantástico está. Se eu digo desce ela sobe...

Só não consigo entender porque raio tem que femea..

jinhos

terça-feira, 13 março, 2007  
Blogger Neoarqueo disse:

Sobe a Euribor descem as acções...

quarta-feira, 14 março, 2007  
Anonymous Anónimo disse:

O problema da Eurobor, é que o presidente do BCE, veio da Banca, e está afzer um favor á mesma, isto é enchendo-lhe os bolsos.

sábado, 07 abril, 2007  

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