quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Cinema em Mangualde

Nos últimos tempos muito se tem falado de cinema em Mangualde.
Há alguns considerandos que gostaria de partilhar aqui e que podem motivar uma boa troca de opiniões contributivas para o regresso, ou não, da sétima arte à nossa cidade.
Compreendo que os saudosistas (às vezes sou um) gostassem de ver recuperado o velho Cine Teatro. Por uma questão de orgulho, sobretudo. Foi um emblema para Mangualde. Há, no entanto, vários factores que são impeditivos: o imóvel é propriedade privada e a sua aquisição e recuperação custarão muito mais do que a construção de um novo. Claro que esta é uma óptica meramente economicista.
Outra solução pode passar por um protocolo entre a autarquia e o Complexo Paroquial. “Matam-se dois coelhos com uma só cajadada” – voltamos a ter cinema e rentabiliza-se o espaço que já existe. Há uma terceira hipótese que, à semelhança da anterior, passa por rentabilizar o auditório da Biblioteca Municipal. Esta opção parece ser a melhor à priori. Por duas razões importantes: por ser a que acrescenta menores custos no imediato; porque se não resultar é de fácil anulação e se superar as expectativas estudam-se e/ou viabilizam-se as soluções anteriores.

Na minha passagem pela autarquia, estudou-se a possibilidade de tornar exequível esta última opção, que passaria por um protocolo com uma reputada distribuidora de filmes, a exemplo do que fez a autarquia de Santa Comba Dão. Era uma opção deveras interessante, porquanto não acrescentaria custos de aluguer à autarquia e geraria uma pequena receita para minimizar os custos com pessoal e as despesas normais de utilização.
O vereador do pelouro não aceitou. Porque teria outras opções em mente e por considerar que o estudo era uma invasão à sua área. Já lá vão quase dois anos.

Como apontamento final importa dizer que não sou dos que acham que o cinema deve dar lucro à autarquia. Mas, na medida do possível, não deverá ser um fardo financeiro.

9 Comentário(s):

Blogger Blogexiste disse:

Dois anos para tomar uma decisão?!?
Isso parece-me é que dava um filme :-)

quinta-feira, 17 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

Eh lá!...Cinema (Paraíso) para Mangualde...era uma boa ideia :-)

(conheço a Cidade...já aí dei aulitas perto)

quinta-feira, 17 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

Eu sei... não sou de Mangualde e na minha terra, o Porto, não faltam cinemas.
Mas faltam os cinemas com a magia dos mais antigos (vá lá que salvámos o coliseu, o rivoli e o carlos alberto).
Parece-me fantástico que haja vereadores da cultura com tão pouca cultura das ideias... provavelmente tinha algum mega-centro comercial em mente (são coisas que proporcionam maiores mais valias (?...?).
A mim, que até gosto de sair de quando em quando para ir ver os bonecos de luz, parece-me que só há uma coisa que as salas de cinema dos centros comerciais trouxeram de vantajoso, que são os pequenos espaços, proporcionando mais opções ao público.
Não tenho dúvidas, pelo que conheço de Mangualde e arredores, que têm público interessado para boas idas ao cinema.
Vale a pena é pensar num espaço mais polivalente, que permita outro tipo de espectáculos (teatro, p.e.)
Um dos fascínios das terras de menor dimensão (geográfica) é a possibilidade de a população se envolver mais na vida cultural.
É por isso que a mim me revoltam os centralismos, as concentrações de poder e de recursos nos grandes burgos.
Quem paga é a diversidade.

quinta-feira, 17 novembro, 2005  
Blogger Neoarqueo disse:

Subscrevo as palavras de Eduardo Leal. Viseu tem pequenos espaços, e agora mais, dada a proliferação recente de Centros Comercias,para cinema. Mais, tem algo que eu particularmente aprecio e utilizo com bastante frequência: o TEATRO VIRIATO, aquela PEQUENA sala de teatro onde se come, bebe e respira teatro...teatro...teatro. Em Mangualde já houve um grupo local de Teatro. Não é que seja obrigatório "ressucitá-lo", mas quando a Autarquia pensar num espaço, que o pense não apenas para cinema, mas sim também para esta arte milenar. Se assim o não fizer, bom... Viseu cada vez fica mais perto, com a A25.

quinta-feira, 17 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

Concordo plenamente com as duas opiniões anteriores. O problema de em Mangualde não haver cinema ou teatro com mais regularidade é quanto a mim o mesmo nos últimos anos.
Estes são um tipo de espectáculos que dão algum trabalho de base e não dão protagonismo nenhum a quem os organiza. Este é o grande problema de Mangualde, na maoiria das situações, as coisas fazem-se pelo protagonismo pessoal e não com o intuito de servir a sociedade.
Quando aparece alguém com vontade e competência para inovar, essa pessoa é imediatamente recambiada para as suas origens, pois, poderá ofuscar o protagonismo dos inúteis.
Por este andar Mangualde, cada vez mais, não passará de um dormitório e o dinheiro será empregue nas solicitações culturais das localidades vizinhas, principalmente Viseu.

quinta-feira, 17 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

JL, não sei porquê, mas lembrei-me daquela famosa cena do primeiro Indiana Jones, em que o valentão faz malabarismos com a espada pensando que iria “retalhar” Harrison Ford. Se me permite Eduardo, vou utilizar a sua frase: "...Parece-me fantástico que haja vereadores da cultura com tão pouca cultura das ideias..."

sexta-feira, 18 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

VEREADOR DA CULTURA...( se é quem eu penso).... ah andava a apanhar votos com feiras medievas e mundialitos... tinha mais que fazer. ou então pretendia fazer o cinema nas chãs com tanto "teatro" que se lá faz

sexta-feira, 18 novembro, 2005  
Blogger Unknown disse:

Não posso deixar de manifestar a minha opinião relativamente a este “artigo”. Mangualde não necessita de um cinema gigantesco fora das suas proporções.
Quanto a lucros, qual é o lucro das festas da cidade para a Autarquia? (eu referi autarquia, não alguns munícipes) Todos vemos que muitas pessoas nesses dias “fogem” para a feira do vinho em Nelas, que é a "pagantes".
Um cine-teatro na nossa terra, para desbobinar filmes á Sexta e sábado, durante o ano não consome assim tanto dinheiro á autarquia.
O que derruba os artistas é a procura do lucro fácil e rápido.
Um cinema municipal não tem que dar lucro a ninguém. Basta que não dê prejuízo.
Para não dar prejuízo não se pode "dar de mamar" aos amigos. Pelo que passa a ser um projecto sem pernas para andar.
E mais não digo.

segunda-feira, 21 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

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quarta-feira, 07 março, 2007  

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