segunda-feira, 14 de novembro de 2005

O que os jornalistas não viram

No final do debate do orçamento na Assembleia da República realçam, os jornalistas, a ausência de Manuel Alegre, fazendo disso um episódio político pelos piores motivos. A sua preocupação centrava-se no facto de, assim, Alegre não ter votado ao lado da sua bancada, explorando daí um enredo bem ao estilo das foto novelas da revista “Maria”, quando se devia centrar apenas e só na ausência. Manuel Alegre foi eleito por cidadãos que nele depositaram uma missão. O deputado e candidato a Presidente da República deveria ter sido exemplar e cumprir o compromisso que assumiu perante os seus concidadãos. É a eles que deve explicações. Mais, muito mais, que aos seus correligionários.
Estranho é o facto dos jornalistas não terem notado a ausência do Ministro da Economia, Manuel Pinho. Com esta, sim, podiam e deviam criar um facto político. Trata-se, no fundo e por princípio, de uma das principais figuras da “criação” do orçamento que nos regerá no próximo ano.
Também é estranho que os jornalistas não tenham valorizado as declarações de João Cravinho, ex Ministro de Guterres e deputado do PS, na defesa do orçamento. A dada altura dizia que “o governo anterior tinha vendido ao país (a propósito do orçamento deste ano) gato por lebre, como diria o saudoso Cavaco Silva”. Mário Soares que se cuide porque a vontade do PS em ver Cavaco na presidência é grande. Cravinho terá, brevemente, oportunidade de “matar saudades” do professor.

9 Comentário(s):

Anonymous Anónimo disse:

1-manuel pinho esteve presente
2-foi mesmo verdade o o governo anterior vendeu gato por lebre
3-Alegre não esteve - deve ter metido o 102
4-o que não se percebe e as noticias reflectem isso é o motivo do voto contra do psd quando na sua bancada exsitiram fortes reticências a esse voto, pois o orçamento está bem feito e no cami5ho certo.
5-evitavam-se assim as figuras tristas de puiqueno mendes
6- Cavaco falou duas vezes e peder 4& esperam-se mais duas declarações. deve ser suficiente

segunda-feira, 14 novembro, 2005  
Blogger JL disse:

Mocho,

1-Manuel Pinho não esteve no dia da votação. Estranho, não acha?

2-Não sei se o governo anterior vendeu mesmo gato por lebre. O futuro governo dirá, ou não, o mesmo deste. É sempre assim, infelizmente.

3-Alegre deveria ter estado pela única razão que eu considero importante: o compromisso assumido com os seus eleitores. Mais agora, que é candidato ao mais alto cargo da nação.

4-Concordo que Marques Mendes esteve mal. Esperava mais, muito mais e melhor. Este orçamento, pelo que tenho escutado e lido não parece tão mau como o pintam. E eu espero do partido da oposição uma atitude mais responsável. E pegaram, logo, pela questão do TVG (com a qual eu discordo) quando no orçamento anterior as verbas inscritas para o efeito eram cerca de 3 vezes superiores. Há que ser coerente. Acho que faltou isso no PSD. Lamento.

Em todo o caso o que está em questão no artigo é a falta de alguma visão séria dos jornalistas. Fazem casos onde os não há e não põem a nú os que devem ser explorados.

segunda-feira, 14 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

1- Manuel Pinho não esteve no dia da votação do OE. Mas ele votava?
Não esteve durante o debate?
2- O governo anterior não vendeu gato por lebre. Vendeu RATO por lebre. E eu não espero pela opinião do governo seguinte para ter opinião sobre os governos de cada momento.
3- Alegre não esteve no debate do orçamento, mas fez saber que se fosse crítico para a sua aprovação, estaria presente.
a) - No entanto, parece-me que, sendo candidato a PR, deveria suspender o seu mandato de deputado.
b) - Não me parece necessário que rasgue o seu cartão de militante porque todos nós sabemos que as ideologias não são (ou não deveriam ser) descartáveis.
4- Marques Mendes não esteve pior do que o normal. Teve intervenções sem chama, sem coerência e sem conteúdos. A mim não me surpreendeu. Continua, como de costume, a por-se em bicos de pés.
5- O PSD votou contra um orçamento que, se fosse governo (e o Santana Lopes não fosse o PM) bem poderia ser seu. Normal numa certa forma de fazer política (a tal dos bicos dos pés)
6- A comunicação Social só realça os factos que interessam aos seus interesses mediáticos. p.e.: insiste na tese de que apenas dois candidatos interessam para a corrida presidencial e afirma que a divisão à esquerda dará a vitória a Cavaco à primeira volta. Delírios oníricos de quem ainda não percebeu que, tratando-se de candidaturas de vários quadrantes ideológicos, só ganhará à primeira volta quem conseguir unir o seu quadrante político. As divisões no outro quadrante apenas aumentam a dúvida sobre quem passará à segunda volta.
7- Com paciência, cá estaremos para votar, no dia certo e para reflectir (no dia seguinte) sobre o resultado dos votos.

segunda-feira, 14 novembro, 2005  
Blogger JL disse:

Manuel Pinho não votava pelo simples facto de ser membro do executivo. Mas era nesta qualidade e porque é ele um dos maiores responsáveis, com o Ministro das Finanças, que deveria ter marcado a sua presença no dia da votação do orçamento. Concordo que Alegre deveria suspender o seu mandato como deputado. Não o tendo feito só tinha era que estar presente. É o que se espera de um deputado.

segunda-feira, 14 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

A minha opinião sobre os jornalistas já a dei várias vezes. Estes senhores tanto dão mediatismo a um inútil como fazem questão de denegrir a imagem de alguém que já tenha demonstrado valor. O problema é que ninguém os reduz à sua insignificância. Na maioria das vezes pensam ser os únicos donos da verdade e da coerência.
Quanto às declarações de João Cravinho, por engano disse o que pensava e não o que realmente quereria dizer.
Todos os políticos falam no bem que é a estabilidade e todos eles também sabem que apenas Cavaco Silva lhes proporcionou essa mais valia de uma governação. Por este motivo não admiram as declarações de João Cravinho quando lembra o saudoso Cavaco Silva.
Todos eles aprenderam muito com o professor. O motivo pelo qual o PS apoia Mário Soares é o facto de ter quase a certeza que este não terá hipóteses de vitória, facilitando assim uma vitória de Cavaco Silva. Desta forma aproveitam a sua experiência e sabedoria.
Toda a gente sabe que Mário Soares se ganhasse as eleições terminaria o seu mandato com 88 anos, chiça!

segunda-feira, 14 novembro, 2005  
Blogger Unknown disse:

No post anterior os Jornalistas até eram de confiança e os Politicos não ... agora os Jornalistas já não dizem o devem ...
Conclusão será que tudo não faz parte da política ... será que ainda se acredita em alguem? ... É o que se vê e o que se sente, a corrupção e o tráfico de influências está em todo lado, mesmo na política local. E aqui são os ...( "oooooo tqobdc OOOOOO" ) Se não entenderes o enigma depois eu revelo. Abraços

segunda-feira, 14 novembro, 2005  
Blogger Blogexiste disse:

Concordo plenamente com JL, e na intenção de sublinhar esta coisa que agora se chama "critério jornalístico"... algo que não se sabe muito bem o que é e que, por isso, não se pode controlar.
Destaco uma frase (verdadeira) de Eduardo Leal e que a mim me deixa particularmente triste e preocupado "O PSD votou contra um orçamento que, se fosse governo (e o Santana Lopes não fosse o PM) bem poderia ser seu". Isto é que é rigorosamente verdade e é o que me chateia... afinal o PSD e o seu programa perdeu as eleições mas as suas políticas são implementadas!
'Tá mal!

segunda-feira, 14 novembro, 2005  
Blogger Blogexiste disse:

Terreiro:
Entendi (porque já conhecia) o enigma... habitualmente aplicava-se aos países africanos em vias de desenvolvimento (ou em estado de subdesenvolvimento político)... não obstante, não acho que esteja descontextualizado... pelo contrário, acho mesmo que se aplica aqui!

segunda-feira, 14 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

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sábado, 03 março, 2007  

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