domingo, 6 de novembro de 2005

Paris - O Inferno à noite

A França está a ferro e fogo, vivendo uma nova “Revolução” e tomada da “Bastilha”.
Esta, porém, não nasce do descontentamento do povo com o rei absolutista, nem da luta por ideais humanistas incutidos por novos filósofos. Provém do desagrado dos delinquentes que por lá grassam e das palavras que o Ministro do Interior lhes terá dirigido.
Mas vamos aos factos e centremo-nos no que terá motivado as palavras do ministro.
Dois jovens delinquentes são perseguidos pela polícia, escondem-se numa cabine de alta tensão e morrem electrocutados. De quem é a culpa? Da polícia, claro. Não devia ter surpreendido os jovens enquanto se apoderavam de bens alheios.
Agora, por culpa da polícia, temos várias cidades francesas em constante sobressalto e os seus habitantes com prejuízos avultados.
Há alturas em que o uso da força é inevitável. Até desejável, não sejamos hipócritas.
Esta situação parece uma dessas alturas. Os delinquentes queixam-se das balas de borracha da polícia. Acho que têm razão. Com balas reais as queixas diminuiriam drasticamente.
É necessária uma actuação vigorosa e determinada, sob pena de incentivar mais delinquentes para a rixa e, pior que isso, desmotivar os cumpridores a respeitar a lei.

Recordo, aqui, o ex “mayor” de Nova Iorque, Rudolph Giulianni, quando assumiu a câmara da grande metrópole mundial, esta encontrava-se no topo do crime. Prometeu mão dura nos criminosos e conseguiu, em tempo recorde, devolver a segurança a quem procurava cumprir as regras.
Podemos discordar dos métodos. Mas tenho dúvidas que outros resultassem tão bem.

Esta nova “revolução francesa” deve ser travada já. Para bem da democracia.

25 Comentário(s):

Anonymous Anónimo disse:

Concordo plenamente com o conteúdo do texto, não podem haver cedências de quaisquer tipo, uma vez que poderão correr o risco de transmissão de receios e desta forma conferir excesso de confiança aos delinquentes que poder-se-ão tornar numa força de intimidação na sociedade francesa.
Ultimamente o que tem acontecido, nomeadamente em Portugal, é o facto de um polícia que atire sobre um fora da lei é quase apelidado de assassino, ao passo que o infrator passa a vítima (coitadinho). É isto que nunca deve acontecer.

domingo, 06 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

Como em tudo, importa saber quem está por detrás deste tipo de violência.
Os riscos que se correm se não forem tomadas medidas duras são de longe maiores que os prejuízos imediatos.
A progressão deste tipo de incidentes contribuirá para um crescendo de racismo na França e uma guerra civil entre cidadãos de longa data e os filhos franceses de alguns povos imigrantes.
O facto de serem franceses de nascimento baralha as contas aos defensores de soluções radicais e faz-nos pensar que o segredo dos impérios ainda não foi descoberto. A imigração, se não for devidamente integrada, é um verdadeiro cavalo de Troia pronto a descarregar nos valores culturais da Europa a revolta contra a rejeição social.
É por isso, que apesar de, por princípio, defender soluções não violentas, concordo com o João. Está provavelmente na hora de travar a onda...

domingo, 06 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

Ora isto não é uma situação inedita em frança... a novidae é a ausencia de carga ideologica... então a europa passou 400 anos a exportar materia humana e não quer agora levar com os baralhos? é o que dá um sistema injusto em que o bem estar de alguns se exerce à custa de muitos (basta perceber que quanto maior for o desemprego mais baixos são os salarios. portanto em algumas sociedadesà uns cidadãos que servem de reserva salarial)... já agora pq n pedir responsabilidades ao sr ministro com um nome mt pouco frances, mas mt integrado, educado e culto, q fez uma declaração irresponsavel, xenofoba, racista q fez despltar esta situação?
~qd o Soares falou em negociar com os terroristas... era disto que ele falava... apoio social, objectivos de vida, etc. coisas que muitos estados não dão, ma a Al-qaeda e o hammas dão...
E com isto espero que não me acusem dedefender esta violencia ou o terrorismo, mas acho que vermos a coisa so por um lado...

segunda-feira, 07 novembro, 2005  
Blogger JL disse:

Tati,
Qualquer uma destas organizações terroristas se serve dos seus "assalariados" da forma mais vil e desprezível que pode haver no ser humano. Persuadem os seus seguidores a fazerem-se explodir num qualquer canto que garanta, no mínimo,uma centena de mortos. Lindo objectivo de vida! Qualquer estado pode garantir um apoio social melhor se tiver a certeza absoluta (como é no caso daquelas organizações) de que os apoiados terão uma vida curta. Há quem diga, por exemplo, que os Estados não combatem verdadeiramente o tabagismo, porque ao fazê-lo aumentaria a média de vida e isso custa muito dinheiro em pensões.

segunda-feira, 07 novembro, 2005  
Blogger JL disse:

Os tumultos atingiram esta noite o seu recorde e já se alastram a algumas cidades da Alemanha e da Bélgica. Deveras preoucupante!

segunda-feira, 07 novembro, 2005  
Blogger Neoarqueo disse:

A Tati pôs o dedo na ferida. De facto é necessário pensar de outra forma, ver que um problema é como uma moeda, tem sempre dois lados, logo duas razões. Qual a mais verdadeira? Depende do ponto de vista...
E depois há a "história" do Ministro do Interior, ele fez uma declaração extraordinariamente xenófoba e que legitima acções pouco correctas. Será que o que se passou foi mesmo como o Sr. Ministro diz? Será que a versaõ oficial é a verdadeira? Mas independentemente de ser ou não ser, a França e consequentemente os países desenvolvidos da UE, da Rica, claro, têm um grave problema social, e manda o bom senso e a História tem-nos aberto os olhos, este tipo de problemas têm que ser meticulosamente estudados, não podem ser "abafados" e varridos para debaixo do tapete. Vivem-se tempos de mudança, os modelos sociais-económicos ultra liberais e capitalistas estão provavelmente gastos...

segunda-feira, 07 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

Concordo que há sempre dois lados para ouvir, no entanto, não concordo nada que haja razões para os factos que estão aacontecer em França.
Com tudo com o que se passa neste momento em França, o Ministro tem cada vez mais razão naquilo que disse.
Pelos vistos a xenofobia do Ministro não teve nenhuma repercursão nos imigrantes que apenas se preocupam em trabalhar e ganhar honestamente o seu salário, nomeadamente muitos portugueses que por lá trabalham, muitos deles nossos conhecidos ou até familiares.
Se este problema acontecesse perto de nós concerteza que muita gente mudaria de opinião. Aqueles agentes que há uns tempos foram assassinados num dos bairros de Lisboa(salvo erro)também deviam ser xenófobos, racistas.
Coitados dos inocentes que por causa da delinquência de alguns ficam a sofrer perdas irreparáveis.
Tanto eu como muita gente não mete dentro de casa qualquer pessoa, primeiro ter-se-á que ter uma garantia de que virá por bem.

segunda-feira, 07 novembro, 2005  
Blogger Neoarqueo disse:

Mangas, eu estou a a falar das causas do problema. isto é o que é que está na Génese deste e doutros problemas do mesmo tipo. Os nossos emigrantes são pessoas que se sentem portugueses, e que só estão em França para trabalhar e voltar para a terra o mais depressa possível. Pretendem ganhar a vida, pura e simplesmente, e depois regressam ao país de origem. Como ete sportugueses estão os magrebinos, os africanos, etc. Mas não são esses estrangeiros que estão a causar problemas na França. Quem está nesses problemas são os filhos e até já os netos desses. Portanto, franceses. De outra cor, de outro credo, de outras maneiras de ser. Alguns filhos e netos dos nossos emigrantes franceses estão certamente envolvidos nestas "batalhas". Não haja dúvida, e a questão é: não terá sido um problema de uma política de integração errada? Não esqueçamos que a França,e os arredores de Paris estão cheios de filhos desses emigrantes, que nunca se integraram e os sucessivos governos nunca encontraram políticas de sucesso. Estes conflitos de vandalismo terão que servir para que os políticos a sério pensem e regulem correctamente sobre estas matérias. Isto também vale para Portugal.

segunda-feira, 07 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

tsfm, os meus respeitosos cumprimentos, mas se estivermos a falar de fanceses então já não estamos a falar de xenofobia mas sim de delinquência gravíssima que tem que ser banida. E atenção sejam brancos, pretos, amarelos ou vermelhos.
Concordo que este é um assunto que a classe política tem que ter em conta e tirar conclusões acerca do dimensionamento do país, sabendo de antemão se há ou não condições aceitáveis a disponibilizar à imigração.
A partir do momento que a imigração não traz mais valias socio-sconómicas ao país então que haja mais rigidez nesta matéria.
Estou a lembrar-me dos casamentos "fantasmas".
Sei bem que falar é uma coisa e agir é outra, na maioria das vezes agir não é tão fácil como falar, no entanto, digo que se a imigração não contribuir para a evolução económica do país, então é muito provável que possa contribuir para o aumento da delinquência.

segunda-feira, 07 novembro, 2005  
Blogger Neoarqueo disse:

Não quero unilateralizar o debate, porém penso que o meu amigo mangas tem uma visão muito "particular" do que é a emigração. A meu ver, a emigração não pode ser vista apenas como um assunto económico. Tem sobretudo um aspecto Social extraordinariamente importante. Os emigrantes se saiem em busca de uma vida melhor noutros paízes levam consigo a sua cultura que em muitos aspectos choca com a do país de acolhimento. Serão necessáriamente os países de acolhimento a definir um grupo de políticas, não avulsas mas continuadas, para amenizar e eliminar as consequências desse choque de culturas. Mais, não podemos esquecer que a maoiria dos jovens que está envolvido no ínicio desta "guerra" é filha de argelinos, e os argelinos estão para a França como os Angolanos e os Cabo Verdianos estão para Portugal. Quer queiramos quer não a França colonizou Argélia, foi país ocupante daquele estado norte africano; naturalmente teve para com eles uma relação históricamente sobranceira, e os argelinos sempre foram olhados de lado, diga-se am abono da verdade. Para um francês não é fácil conviver abertamente com argelinos, que em termos etno-culturais nada têm em comun. Esta questão dos "árabes" em França não é de agora, è muito antiga e as tensões, em tempos de economia farta não vêm ao de cima, mas em tempos de desemprego, de globalização, de direitos que muitas vezes são esquecidos e também de deveres e obrigações que não são observados, ai aí as convulsões acontecem. Já agora, entre portugueses e angolanos e cabo verdianos, aqui em Portugal, também t~em alguns contornos preocupantes. Uma vez mais faltam políticas de inserção. Os governos de Portugal aceitam muito bem os emigrantes pois são mão de obra barata, mas quando começam os problemas socias motivados pela não inserçaõ destes, aqui d'el rei que "temos" de os mandar embora...Não podemos ir por aí.

segunda-feira, 07 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

O problema é que a Europa passou 400 e muitos anos a emigrar e a impor a sua cultura, não está preparada para receber e aceitar a cultura alheia. É que os franceses filhos de magrebinos ainda não são olhados como franceses. A cultura francesa ainda não é feita cm mesquitas o kebab etc...
Há muitos anos houve um Sr. que trabalhava em ordenamento do território que definiu uma curva ideal de tamanho de um pais, nº de cidades e nº de habitantes das mesmas e do país... e o único país do mundo que se aproxima da curava ideal era a frança... portanto o problema não e o tamanho...
Os portugueses não se sentiram ofendidos porque a frase não lhes era dirigida...
Os portugueses quando estiverem mal voltam para cá, mas os jovens que por ali andam vão para onde eles são de lá...
E as potências colonizadoras ainda têm responsabilidades perante as antigas colonias. Foram 400 anos a tirar as riquezas a tolher o desenvolvimento, a entrar e a sair quando se queria, e de um momento para o outro mandam-se dar uma volta e faz-se de conta que a história começou hoje?
A França vive em clima de tensão há muitos muitos anos os sucessivos governos não foram capazes de resolver o problema, e agora aconteceu isto... As sociedades modernas estão a criar orlas de indivíduos descontentes frustrados, as classes de baixo que nada têm e que quando se decidem revoltar e mostrar o poder que podem ter... os resultados estão à vista.
Reduzir os problemas sociais à economia é errado.
É obvio que eles terão que ser punidos, eles estão a desafiar o Estado, numa das suas questões estruturantes - o monopólio da violência legítima. Mas não se deverá começar a pensar em tratamento profilático?
Por fim comparar estes acontecimentos com o assassinato de policias na Amadora é ridículo. É não querer ver, perceber.

JL Quanto aos apoios sociais das organizações terroristas... Como deves imaginar não são só compostas por suicidas existem estruturas muito complexas e os suicidas são apenas a parte mais mediática... E dão-lhe apoios sociais, as famílias dos mártires por exemplo são ajudadas para sempre e esta é uma das motivações mais fortes para alguns... E é obvio que lhes dão um objectivo de vida. Ser mártir é cumprir uma missão contra os infiéis. Não me leves a mal, mas parece-me que são pensamentos como o teu que têm contribuído para o disseminar destas organizações. Se não pretendemos criar uma guerra de civilizações, não podemos olhar para os árabes e muçulmanos, à luz dos nossos valores, temos que perceber o que os move e não apenas criticar com olhos de ocidental. E é precisamente esta falta de capacidade para nos pormos na pele do outro que nos falta.

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Blogger JL disse:

Tati,
Ainda bem que descobrimos que afinal é o meu pensamento que faz disseminar os terroristas. Vou evitar pensar :-. Por outro lado partilho da tua opinião no tocante à necessidade de nos colocarmos na pele do outro porque há sempre dois ou mais lados. Procuro fazê-lo o mais possível. Confesso que ainda não consegui, por mais que me esforce, perceber certas atitudes.
Temos que ter discernimento suficiente para saber distinguir duas coisas: compreensão e permissão. Devemos procurar compreender este fenómeno francês. Não o podemos, contudo, permitir. O Eduardo Leal foca um aspecto essencial para isso - não tarda a xenofobia e o racismo tornam-se quase obrigatórios. O Le Pen vai aproveitar muito bem isso.
Eu não sou contra a emigração ou imigração. Não sou ponto final. E neste aspecto é preciso perceber que estamos a falar de cidadãos franceses. Ou só são franceses para umas coisas e para as outras não? No entanto vale a pena reflectir sobre: esta cena passa-se num país da europa; alguém com dois dedos de testa acredita que isto fosse possível acontecer num país árabe? Não lhes davam espaço sequer para pensar fazer, quanto mais para fazer.
Portanto, compreensivos sim; permissivos não!

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Blogger Agnelo Figueiredo disse:

O ministro só chamou escumalha à escumalha depois da escumalha demonstrar que é escumalha. Não foi antes. Não baralhemos. A ordem dos factores não é arbitrária.
Há, ainda, outra questão, mais grave:
Ainda que se defenda o multiculturalismo, o que não é o meu caso, há que assentar em que valores como a "ordem" e a "segurança" são valores universais. Quem os não respeita não deve merecer respeito.

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Blogger JL disse:

O Azurara toca num aspecto que é interessante: Anda meio mundo a criticar a polícia, o ministro, e os comentários dos que, como eu acham, que os valores "ordem e segurança" devem ser preservados (é sobre isso que falo no texto). Esse meio mundo acha que somos racistas. Nada mais falso. Somos todos iguais não somos? Somos. Então que sejamos tratados de igual forma. Afinal parece que há quem defenda leis discricionárias. Isso sim é racismo, bolas.

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Blogger Agnelo Figueiredo disse:

É o problema do multiculturalismo, João. Aceita que um tipo quebre as regras básicas da convivência (a nossa cultura, afinal) em nome da preservação da sua identidade étnica / racial. No fundo é racista!
Eu, como outros, contraponho o cosmopolitismo.

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

JL não tentes por nos meus dedos palavras que eu não escrevi...
O que eu disse foi que a tua posição em relação às OT's não era a mais correcta... O que tu ainda não conseguiste desmentir foi que elas dão aos jovens coisas que os Estados não conseguem dar...
Eu nunca defendi a permissividade... eu afirmei que um dos motivos que levou à evolução dos feudos para os estados que hoje conhecemos foi o monopólio da violência legitima... coisa que está a ser desafiada em França.
Azurara o sr. Sarkozy chamou "Racaille" no dia 28 de Outubro aos dois jovens que morreram numa central eléctrica em 27/10... e quer tu queiras quer não foi a partir de aí que as manifestações cresceram em termos de violência.
O ministro não deitou achas para a fogueira? Não deveria mostrar mais respeito? Não deveria ter tido a posição exactamente contrária?
As declarações e a manutenção no cargo apesar da postura incompetente (ao contrario do que foi dizendo nunca teve a situação sob controlo..) têm mais que ver com politica interna do que com outra coisa... O sr sarkozy é candidato a PR e a sua UMP disputa votos tb com a FN...
Não percebes que todas as sociedades são multiculturais? Todas sem excepção têm influências exteriores? São um somatório de conhecimentos? Mas ok
A democracia é precisamente o único sistema que permite que os seus inimigos digam e mostrem que o são... o respeito... então não deveremos dar a outra face a quem nos dá uma chapada? Não percebo a direita... só usam os ensinamentos de Cristo quando lhes convém...
A policia como é sabido pode ter duas posturas a lidar com a violência, defensiva, ou de predador... normalmente estas segunda posição é mais para os exércitos qual delas é que os senhores defendem?

Mas a grande questão não é como lidar com a violência, é como evitar que ela se volte a repetir... como disse o Azurara noutro local, passa por um aumento da repressão de retaguarda... eu acho que há muitas outras soluções...
A ordem e a segurança são valores absolutos, isso é obvio, mas e as responsabilidades do estado? ou só queres um estado-policia?

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Blogger JL disse:

Tati,

Nem vou desmentir isso. É a mais pura das verdades. Mas acho graça a algumas coisas: Tenho lido, por essa net fora e acerca deste assunto, que a imigração francesa é paga para fazer os serviços que os franceses não querem fazer e ficamos escaladizados com isso. Porque não nos indignamos também com atitude das OT quando pagam aos familiares dos jovens chorudas quantias para que eles façam o serviço sujo? Porque as exaltamos? Isso não é assistência nem apoio sociais. É crime.

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

O hammas, antes de se especializar nos atentados contra Israel (estado que foi construído à custa de muitas bombas e do projecto nuclear secreto e ilegal), começou por ser uma organização de solidariedade social. A mim não me interessa saber se é crime, legitima defesa, ou o que seja quero saber o que é que leva a que haja aedesão e que haja atentados…
Os jovens que andam a incendiar a França não são emigrantes. São franceses legítimos… tão legítimos quanto o sr. Sarkosy… Para onde é que os querem repatriar? Eles estão na terra deles! Já não se trata de como lidar com a emigração, trata-se de como lidar com cidadãos da república francesa que não se sentem cidadãos…
Mas sobre este assunto recomendo a leitura do editorial do Le Monde de domingo… E se possível estejam atentos às declarações do Eduardo Lourenço… Parece que este português, que passa muito tempo em Paris, tem coisas interessantes para dizer…

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Blogger Unknown disse:

Eu penso que esta "revolta" em França já ultrapassou a sua razão inicial de protesto contra o ministro xenófobo, agora já é uma disputa entre gangs para verem quem consegue destruir mais por cada noite, talvez o exército com umas mocadas nos moços resolvesse o problema. Estes grupos são como bebés, esticam a cordas até onde os deixam, se virem que podem abusar vão abusando cada vez mais. Para controlar esse tipo de pessoas temos o exemplo tuga que durante o Euro 2004 mostrou como controlar massas de arruaceiros. Eu para o exemplo de França nesta altura aconselho o filme Zona 13 (http://domusofia.blogspot.com/)

Cumprimentos a todos

PS - Li todas as opiniões com muito interesse, os "bloggs" servem mesmo para isso para debater e ter uma opinião, aprendi com todos - muito obrigado

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

Eu recomendava ao sr sarko - La Haine (o ódio) do frances Mathieu Kassowitz... mas agora é capaz de ser um cadito tarde...

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Blogger Unknown disse:

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

ou em então a leitura de - "Suspensões da realidade" ou o "Crash" do ballard

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Blogger Unknown disse:

O nome do filme está mal no meu comentário, o nome certo é: B13 - OS GANGS DO BAIRRO 13 (Banlieue 13).
"Paris, 2013. Um muro de isolamento separa os guetos da cidade. Não existem leis, regras ou direitos. Os gangs reinam sobre tudo e todos."

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

Coitadinhos dos arruaceiros que estão a ser vítimas dos improdentes que deixam os carros na rua para que sejam incendiados!
Esses desordeiros dos governantes que não conseguem dar uma casa condigna, com muitas assoalhadas, aos coitadinhos dos arruaceiros franceses!
Esses lambões que enquanto dormem e descansam, depois de um dia de trabalho, permitem que os coitadinhos dos arruaceiros dos filhos dos imigrantes franceses lhes destruam o que construiram numa vida!
O Ministro francês, grande mal educado, que não permite que a sua polícia seja passiva perante a infracção às leis!
Mais uma vez digo e repito, ai se isto se passasse à porta de certos moralistas e intelectuais da nossa praça!

terça-feira, 08 novembro, 2005  
Anonymous Anónimo disse:

Há dias, um alto responsável da nossa direita mais à direita (o PP) disse que este tipo de assuntos aconteciam na europa quando a esquerda governava.
É curioso que não tenha reparado que quem governa a França é a direita e que são atitudes xenófabas que provocam racismo reactivo.
Como é evidente, não é fácil integrar diferenças culturais. Não se faz isso por decreto.
Faz-se por sedução. E o problema é que nós ocidentais atravessamos a maior crise de super-produção de sempre e não precisamos de produzir mais, logo temos gente a mais a trabalhar, logo vamos ter que desempregar muita gente, logo vamos abandonar os elos mais fracos, logo vamos marginalizar os "menos europeus", logo vamos ter que conviver com a revolta.
Se devemos agir com mais ou menos força... é uma questão de medir cuidadosamente a questão no seu todo.
Uma reflexão: Adolf Hitler, quando percebeu que precisava de espaço vital para desenvolver a alemanha, escolheu uma vítima (mais precisamente um conjunto de vítimas) - curiosamente uma cultura diferente...
Se calhar vale a pena reflectir sobre aquilo que nos distingue dos terroristas: a tolerância.

quinta-feira, 10 novembro, 2005  

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