quarta-feira, 28 de março de 2007

IVA vs IRS

O ministro das finanças, Teixeira dos Santos, admitiu hoje que a haver uma baixa de impostos ela começará pelo IVA. Compreendo os argumentos, foi o primeiro imposto a ser aumentado.
Mas não posso estar mais em desacordo com o ministro. Claro que aqui não coloco as razões orçamentais que desconheço e poderão, também elas, estar na base desta escolha.
E acrescento que, podendo parecer contra-senso, temos sido fortemente penalizados pelo facto de termos o IVA mais alto da Europa. Porque é que, então, preferia que o ministro escolhesse outro imposto, o IRS por exemplo?
A razão é simples: se o IVA baixar dois pontos percentuais não vamos notar nada na nossa prática diária pelo simples facto desse decréscimo vir a ser aproveitado pelos comerciantes que se têm queixado de ter as suas margens esmagadas pela crise e pela forte concorrência de leste. Na prática continuaremos a pagar o mesmo valor pelo pão, pelo almoço, pela roupa, pelo leite e por aí fora.
Por outro lado o IVA é um imposto cego, isto é, atinge todas as classes sociais por igual e é penalizador para o consumo. Ora se isto pode ser um aspecto negativo porque pode refrear o consumo privado e, por conseguinte, colocar em risco a retoma económica, não deixa de ser verdade que penaliza quem mais consome, logo as classes mais desafogadas.
Uma baixa no IRS é mais visível para todos porquanto afecta, positivamente, os nossos rendimentos, sobretudo os que trabalham por conta de outrem, que é como quem diz a classe média.
E todos sabemos que é a classe média que tem sustentado o país. É justo, por isso, que seja o IRS a sofrer o primeiro impacto na redução dos impostos. Até porque despenalizaria, de algum modo, quem mais trabalha.

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9 Comentário(s):

Anonymous Anónimo disse:

quiça...

quarta-feira, 28 março, 2007  
Blogger José António disse:

Não concordo em parte.
2% quem ganha 200 é diferente de 2% para quem ganha 100, logo a penalização foi maior para quem ganha menos e se tiver em conta que muitos trabalhadores ganham o ordenado minimo, o que quer dizer que não descontam IRS, então vê-se que a baixa do IRS não iria benefeciar os mais desfaforecidos.

quinta-feira, 29 março, 2007  
Blogger Unknown disse:

Olha João Lopes, pelo que leio neste teu post, estás preocupado com a classe média, baixa, pois só te fica bem pensares dessa forma.

Pelo que eu entendo, que é pouco de finanças, eu agora reparo que tu és um MESTRE, tenho pena é que não opinasses dessa forma, quando ainda na assessoria ao Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, não desses de Borla esses teus conhecimentos. A derrama não seria aumentada, a contribuição autárquica, a água, o lixo etc, etc.

Mas nunca é tarde, a CMM, necessita urgentemente de um MESTRE que a ajude a sair de tão afogada crise económica. E pelo que vejo não será apenas necessário uma “BELA é urgente encontrar um MESTRE”, pode ser que ainda te convidem para tal … ou quem sabe se o Ministro Teixeira dos Santos te lê ainda te vem buscar para Assessor.

Ó João, cada vez mais eu tenho a noção que: Em vez de IVA e IRS, o que o nosso País necessita é de gente honesta em princípios e humildade.
Se cada macaco estiver no seu galho, acredita que isto irá para a frente!

Abraços

quinta-feira, 29 março, 2007  
Anonymous Anónimo disse:

Olá terreiro,
gostei de ler o teu comentário aliás até sugeria uma coisa o João vai para a CMM como o MESTRE,e ainda bem que o reconheces como tal, e tu podias ir como a BELA.
Que tal a minha ideia, gostas?

quinta-feira, 29 março, 2007  
Anonymous Anónimo disse:

Penso que uma baixa no IVA teria bons argumentos, tal como os teria se houvesse uma baixa no IRS.

Penso também que o governo se, por acaso, pensar em baixar impostos, baixará, não a pensar nos portugueses, mas sim, pensando, em qual será o imposto, que baixando, menos dinheiro retirará aos cofres do estado.
Esta será a realidade, não me iludo.

Para finalizar, caro João, a inveja e a dor de cotovelo, como costumo dizer, são uma arma de arremesso dos incompetentes, que nunca conseguirão ser o que desejam.
Pelo que conheço do João, é uma pessoa coerente, verdadeira e fiel aos bons princípios e também sei que apenas se preocupa com o que lhe vem de cima.
Cumprimentos.

quinta-feira, 29 março, 2007  
Anonymous Anónimo disse:

Penso que esta é claramente uma medida de propaganda popular dita antecipadamente que julgo no futuro levar a um minímo de benefícios fiscais para o bolso dos portugueses, nada de novo. São muitos anos de exagerada propaganda política que funcionam cada vez mais como uma operação de marketing. Dado isto e as suas explicações, é óbvia a escolha de Teixeira dos Santos.

sexta-feira, 30 março, 2007  
Blogger Bina Ladina disse:

Mais uma demagogia deste governo...
E aquele assunto de passar a ter de ser declarado o montante superior a €250 (se não estou em erro) que os pais dão aos filhos, por exemplo?
Isso seria para rectificar que situação?
Isso ainda pertence às medidas do outro governo?! É que se foi só lhes ficava bem acabar com essa parvoíce!
Demagogos!

sábado, 31 março, 2007  
Blogger Vica disse:

Impostos são sempre problema, não?? Aqui pagamos tantos impostos que é difícil saber ao certo para onde vai tanto dinheiro.

domingo, 01 abril, 2007  
Blogger maresia disse:

por falar em irs... devo ter de fazer o meu um dia destes, não? já acabou???

sexta-feira, 06 abril, 2007  

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