sexta-feira, 20 de julho de 2007

Despedir é preciso

João Machado da CAP apelou hoje a uma maior flexibilização nos despedimentos individuais. E avançou com alguns dos motivos que poderiam ser considerados no futuro para que uma empresa possa dispensar os seus assalariados, ou melhor – despedi-los. Esperava eu ouvir causas como a incompetência, a inércia, a inadaptação, ou outras razões a estas subjacentes e que, porventura, hoje fossem entraves à produtividade e lucros das empresas. Mas não. O que ouvi, dito pela boca do próprio João Machado, é que no futuro as empresas deveriam poder despedir um funcionário apenas e só por divergências políticas ou ideológicas.
Hitler, o tal do 3º Reich, não diria melhor. E eu acrescento: de acordo! Absolutamente de acordo. Concordo a cem porcento com essa ideia. Desde que: as alarvidades que se dizem, na avidez de se fazerem ouvir aos microfones colocados em bicos de pés, ditas por pessoas que deveriam ter outras responsabilidades (que parece não terem) virem a ser punidas, desde já, com a doação imediata de órgãos para o Banco Nacional de Dadores.
Parecendo que não resolviam-se, assim, inúmeros problemas de pessoas competentes e dignas que esperam uma eternidade por um órgão que lhes possa salvar a vida ou lhes devolva melhor qualidade de vida. Assim, deste indíviduo poderiamos receber já, de imediato e a título de exemplo, um rim e um pulmão, enfim... Ou acham que também poderíamos incluir na lista um fígado? Há tão poucos...
Desses energúmenos que proferem tais alarvidades só não se poderiam aceitar nesses Bancos o esperma e o cérebro. Por razões mais que óbvias!!!

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terça-feira, 10 de julho de 2007

Sem comentários

Depois desta ausência e ainda sem grande vontade para escrever, apesar de não faltarem temas todos os dias, publico o que encontrei hoje no Público online e que não comento para evitar um amontoado de impropérios que me apetece dirigir à nossa (in) justiça. Os negritos são meus.

"Onze anos de prisão. Foi esta a pena aplicada por um colectivo de juízes do Tribunal São João Novo, no Porto, a Daniel Ferreira, um jovem de 21 anos que matou um dos trolhas que atirou um piropo à sua namorada.
Depois de ouvir a sentença, o rapaz, que está em prisão preventiva, sorriu. No fim da leitura levantou o polegar em sinal de agrado, dirigindo-se aos vários amigos que assistiam à audiência. Quem não gostou da pena foi a mãe de Paulo Sousa, o trolha assassinado, que à saída repetia que não foi feita justiça. O Ministério Público, que acusou o jovem de homicídio qualificado, o que implicaria uma pena entre os 12 e os 25 anos, recusou-se a adiantar se vai recorrer da sentença. A advogada de defesa, por seu lado, mostrou-se satisfeita e afirmou que não vai pedir a revisão da pena.Os juízes condenaram Daniel Ferreira por homicídio simples, rejeitando a tese defendida pelo Ministério Público que sustentava a especial censurabilidade da conduta do jovem, devido ao motivo fútil do crime. Na sentença o colectivo considerou, contudo, que “o motivo da facada não foi meramente o piropo, mas também o conflito que se seguiu”. “Se a vítima não contribuiu para o desfecho, também não fez nada para o evitar”, avaliou o colectivo.Foi dado como provado que em Maio do ano passado, Daniel Ferreira passava numa rua do Porto, perto do Marquês, quando um grupo de trolhas atirou um piropo à sua namorada. O colectivo não apurou a terminologia exacta do que foi dito, mas considerou que terá sido similar a “linda menina, papava-te toda”. O jovem, que possui já vários roubos e furtos no cadastro, não gostou e ripostou. “Queres uns óculos?”,ameaçou. Os trolhas não se calaram e perguntaram-lhe o que queria. O rapaz pegou num pedaço de madeira enquanto continuava o despique de insultos. Entretanto, entrou no restaurante Solar do Marquês, onde pegou numa faca, com 24 centímetros de lâmina, que espetou na barriga do trolha falecido. A arma atingiu os pulmões do homem, dando igualmente origem a uma hemorragia interna. Sérgio Bernardino acusado do crime de favorecimento pessoal por ter encoberto Daniel, de quem era amigo, foi condenado a um ano de prisão, suspenso por dois anos. O tribunal deu como provado que este arguido, que trabalhava no Solar do Marquês, lavou a arma do crime e a guardou junto dos restantes talheres, tendo igualmente mentido à polícia dizendo que não sabia nada do que se tinha passado. Já fora da sala de audiência, os amigos de Daniel Ferreira gritavam. “Estás em grande” e “Cinco anos e estás cá fora”, ecoaram nos claustros do tribunal."

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