quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

Adeus 2005, olá 2006!

Aqui ficam, tal como prometido, as minhas escolhas esperando pelas vossas.
Elejo para figuras nacionais de 2005 José Mourinho e António Guterres. O primeiro porque, quer gostemos ou não, tem provado que é mesmo o melhor treinador da actualidade, um líder nato e, por isso, faz-nos elevar o nosso orgulho em ser portugueses. É o paradigma de que quando queremos somos tão bons ou melhores que os restantes europeus. O segundo, também por esta última razão, ao ser nomeado Alto Comissário da ONU para os Refugiados.
Para as figuras internacionais as minhas escolhas recaem sobre Angela Merkel por ter sido a primeira mulher a ocupar a chanceleria alemã e em Lance Armstrong pela sua sétima vitória consecutiva no, emblemático, "Tour de France", depois de ter vencido a batalha da sua vida contra um cancro.
Escolho para acontecimento do ano o Eclipse Anelar do Sol. Por ser raro e porque não estaremos cá, provavelmente, para assistir ao próximo. E porque foi um ano em que tantas tragédias ensombraram as coisas boas que aconteceram.
Em cada novo ano depositamos a esperança de dias e acontecimentos melhores. Mas não queiramos ser meros espectadores e façamos alguma coisa por isso.
Façam as vossas escolhas e, porque não, os vossos sonhos e anseios. Partilhem os acontecimentos que vos marcaram, sem que isso consista, porém, uma devassa da vossa vida particular.
Como diria George Clooney no filme Ocean's Eleven: Façam as vossas apostas!
E, digo eu, que o primeiro de Janeiro seja o prenuncio do melhor dos anos para todos.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

Fim à vista

"So this is Christmas and what have you done,
Another year over and new one just begun." Jonh Lennon

Pois é meus amigos, tão simples quanto isto: estamos a gastar os últimos dias de 2005. Esta é a hora de fazer balanços. O que fizemos bem; o que fizemos mal; o que não fizemos; que ambições e sonhos guardamos para o novo ano que aí vem.
Destaco, aqui, meia dúzia de acontecimentos que, indelevelmente, marcam o ano que finda.
Começo pela Alemanha, o motor da Europa, que pela primeira vez na sua história tem uma mulher eleita chanceler, Angela Merkel. As mulheres fazem muita falta à política. Que outros países sigam as pegadas alemãs.
António Guterres é nomeado para Alto Comissário da ONU para os refugiados (já esperam ansiosos pelo rendimento mínimo) e o meu Benfica sagra-se campeão (sem ter feito nada por isso). Já sei, vão chover críticas!
Este foi o ano das campanhas em Portugal. Iniciámos o ano com as Legislativas e terminamos com as Presidenciais. De permeio as autárquicas. País rico é assim!
O sol, talvez triste com a morte de João Paulo II e envergonhado pela eleição de Ratzinger, esconde-se atrás da Lua num eclipse como há muito não havia. E a natureza, provavelmente insatisfeita com a eleição de Bush em detrimento de Kerry, fustiga os Estados Unidos da América com os maiores furacões de todos os tempos. E ainda faltam quase 5 anos para terminar o mandato...
Portugal qualifica-se para o Mundial sem perder um jogo e Cavaco prepara-se para ser Presidente da República sem perder uma sondagem. O governo da nação fecha com chave de ouro depois do excelente resultado conseguido para o 3º QCA (criticar também é elogiar).
Estes são apenas alguns dos acontecimentos marcantes em 2005. Há muitos mais. Conto convosco para descortinar outros. Vão pensando nisso até quarta feira. Nesse dia colocarei um tópico para poderem colocar aí os acontecimentos que destacam e, se possível, justificarem as vossas escolhas.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Natal... Se ao menos uma vez!

Quando me preparava para escrever um artigo sobre a época natalícia que atravessamos eis que, sem nada o fazer prever, surge na minha caixa de correio electrónico (aquilo que os ingleses chamam de e-mail) uma mensagem interplanetária, qual presente desejado num sapatinho na manhã de 25 de Dezembro.
Porque esta mensagem, do meu amigo Eduardo Leal, também reflecte muito do que eu gostaria de partilhar convosco vou deixá-la em jeito de desejo.
Que neste Natal a esperança nos invada e nos faça enfrentar o novo ano com optimismo e fé: em nós e nos outros.
A foto é do presépio que foi carinhosamente construído por um grupo de jovens da minha freguesia: a Cunha Baixa. A sua publicação constitui a minha pequena homenagem pelo seu esforço e dedicação.
A todos os amigos reais, virtuais e frequentadores do "O Observatório" os meus votos de um Santo e Feliz Natal.

Meu Amigo,
Estava para aqui a pensar e resolvi mandar-te este pequeno contributo de um cristão sem fé... mas com esperança.

Se às vezes ainda estiveres a aceitar colaboração de outros planetas...
Um Abraço,

Eduardo Leal

Se ao menos uma vez no ano nos lembrássemos do Natal... do espírito do Natal!
De quando em quando, a humanidade atravessa longos períodos de trevas, momentos mais ou menos longos de escuridão, em que os nossos medos, as nossas angústias existenciais vêm à tona e arrastam para o fundo das águas turvas os restos da nossa esperança.
São os ciclos mais ou menos violentos da história da humanidade...
Mas existe humanidade em cada ser humano!
O Inverno em cada ano prepara-nos para este inevitável movimento cíclico em cada um de nós... depois da euforia inebriante da Primavera, do calor sensual do Verão que nos adormece e excita, vem um Outono triste, mas ambíguo, que nos atordoa.
E é então, no choque da entrada do Inverno, que nós enlouquecemos.
Os dias começam a minguar e no momento mais triste do ano, em pleno solstício de Inverno, quando o dia anterior não pôde ser mais curto, que nasce um novo dia, com apenas mais um “salto de pardal”, mas que traz em si a nova esperança, esse um pouco mais de luz que nós, cristãos sem fé, não lembramos já ter sido o nascimento de Jesus.
O Natal não faz sentido se não conseguirmos partilhar esta pequena chama e transportá-la nos nossos corações, em cada dia, mas sobretudo no dia de Natal... carregada de significado...
Este Jesus menino, é o símbolo da esperança, a pequena vela que ilumina na mais longa escuridão.

terça-feira, 20 de dezembro de 2005

Maldito telemóvel

As mulheres, ao longo da sua vida, passam em média quatro anos e nove meses a falar ao telefone, segundo um estudo publicado pela revista alemã Bild.
O estudo, realizado por cientistas britânicos, indica que os homens passam 18 meses a menos do que as mulheres ao telefone. Uma mulher, durante a sua vida, faz 288 mil telefonemas com uma duração média de 10 minutos.
Homens e mulheres alegam pretextos semelhantes para encerrar a comunicação referindo-se habitualmente à campainha que tocou ou à urgência de necessidades fisiológicas.

Está tudo explicado! Décadas e décadas de estudo e afinal é esta a razão.
Hoje ficámos, graças a este valioso estudo sem o qual permaneceríamos ignorantes para o resto da vida, a saber qual a verdadeira causa das dores de cabeça e cansaço femininos.

Pois é! Passamos uma vida inteira a julgar que tem a ver com a nossa fraca performance e pouca sensibilidade para encontrar o ponto G e, afinal, é isto. Portanto, agora que já sabemos, deixemos de oferecer telemóveis às nossas companheiras e, quem sabe, as coisas não ficam diferentes?

sábado, 17 de dezembro de 2005

Quantos são?

O que é que isto vos faz lembrar? Parece o dia a dia de um qualquer de nós, não?
Deixem-no pousar, pensam os crocodilos! Quantos são, quantos são? pensa o paraquedista. Se é que consegue pensar alguma coisa.
Será que chega para todos? Parece que a velha máxima - azar de uns, sorte de outros - se aplica aqui na perfeição.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Branco, mais branco, não há!

Numa das minhas deambulações por outros blogues encontrei esta pérola no Causa-Nossa.
Não sei, ou talvez saiba, porque é que muitos políticos têm tanto pavor ao voto branco, ainda que lhe dêem total desprezo nas análises que fazem, preferindo valorizar a abstenção. Sempre considerei que, pior que a abstenção é o voto branco. Da primeira pode-se argumentar o desinteresse dos eleitores, da segunda nem por isso. Os eleitores interessam-se. Não reconhecem, contudo, qualidades nos candidatos. É um voto de protesto. No dia em que, num acto eleitoral, os votos brancos ultrapassem a abstenção teremos o maior caso político do pós 25 de Abril.
Sempre defendi isto. No meu seio de amigos, quase sempre fui contrariado nesta análise de vão de escada.
Até que surgiu um “tratado” sobre o assunto: o livro “Ensaio Sobre a Lucidez” de José Saramago. E muitos viram o problema que, por absurdo, pode acontecer. Claro que há uma grande diferença entre Saramago e a minha pessoa: ele é prémio Nobel e eu não sou nem hei-de ser. Por duas fortes razões: A primeira porque não escrevo nada que jeito tenha. A segunda, mais forte que a primeira, porque não sou comunista.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Onde estavam no 25 de Abril?

Alegre diz, com raiva, pompa e circunstância, que não admite lições dos candidatos que não lutaram pela liberdade.
Confesso, em primeira mão, que não sei a história toda. Sei, apenas, a que Alegre e os seus comparsas foram contando até hoje.
Mas pergunto, com toda a ousadia e provocação com que o Sr. Batista Bastos o faria: Onde é que estavam Alegre e os restantes paladinos da liberdade no dia 25 de Abril?
Enquanto se pavoneavam sob a protecção do exílio, por cá, sofria-se na pele as agruras da ditadura.
Por isso e cansado de ouvir esta gente da política a dizer o mesmo, deixo aqui o meu voto de protesto a estes e o de louvor aos militares que, revoltados com a sua própria condição, fizeram o 25 de Abril e deram o primeiro passo para o sistema político que hoje conhecemos.

sábado, 10 de dezembro de 2005

Novo rosto. Novo espírito?

Já não sei se é Hollywood que está um passo à frente da ciência, ou se é esta que tomou a dianteira e é a sétima arte que segue no seu encalço.
Para o caso pouco importa. Que ambas cumpram as suas obrigações e o que esperamos de cada uma.
Esta notícia deixa-me, ambiguamente, pensativo.
Por um lado extasio-me por ser possível, doravante, corrigir traumas difíceis de suportar provocados, ou não, por acidentes. Por outro questiono-me se e como se resolve este enigma de a partir daqui conviver com quem não somos no físico.
É claro que, por princípio, o espírito mantém-se lá. Mas não é este, também, produto do físico? E se é bem verdade que o rosto deformado influenciava negativamente a senhora, não o deve ser menos que o novo rosto há-de, igualmente, pesar no seu "eu".
Em todo caso, considero esta uma óptima notícia para o mundo. Que isto não seja, porém, tornado comum e para satisfação de caprichos. Não creio que aconteça.
Mas, na remota hipótese de acontecer, alguém me pode dar o número do Banderas?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

Adeus feriado, até depois!

Aproveitem bem o feriadito porque pode ser o último feriado religioso que gozam.
Como já disse aqui a Associação República e Laicidade quer que o governo acabe com estas mordomias. Para eles quantas menos coisas para nos fazerem lembrar as nossas raízes seculares religiosas, melhor.
Bem, mas o Ministro da tutela sempre pode fazer como a Ministra da Educação, em relação aos crucifixos nas escolas, e deixar o gozo dos feriados religiosos à consciência de cada um, agradando, assim, a gregos e troianos. E se for assim, nós os crentes, até podemos instituir mais alguns de acordo, sempre, com a nossa consciência.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Os Cinco

Dos cinco candidatos presidenciais que os media propagandeiam e com os quais nos invadem o lar à hora do jantar, aquele que se afigura como o mais genuíno é, para mim, Jerónimo de Sousa.
É, de todos, o candidato puro, sem grande roupagem infligida pelos conselheiros e que, por sinal, acredita piamente naquilo que diz.
Os restantes são candidatos do marketing político. Amordaçados e dominados por todas, ou quase todas, as técnicas que o marketing usa para colocar um produto em determinada fatia de mercado.
Temos todos nós, os apoiantes e simpatizantes deste ou daquele candidato, essa noção?
Nem todos, porém, conseguem cumprir as estratégias ao pormenor. Soares, dos quatro o mais rebelde, já foi algumas vezes chamado à atenção pelos seus conselheiros.
E têm razão em fazê-lo. É que com as suas “tiradas” é muito difícil perceber por qual razão, afinal, é candidato. O marketing diz que o é “pela mesma razão de sempre, Portugal”. Mas o candidato diz que o é apenas para “travar o passeio triunfal de Cavaco Silva” até Belém. Em que ficamos, Sr. Dr.?

E porque o marketing assim o determina, lá vão andando todos a reboque do líder!

domingo, 4 de dezembro de 2005

Referendo sobre o aborto

Recebi por e-mail e parece-me bem usá-la para descontrair durante este domingo. Façam as vossas escolhas e votem!

Referendo sobre o aborto, talvez já em Dezembro...
Ouve-se dizer que em Portugal vai ser, de novo, referendado o aborto. Ao que foi conseguido apurar, o Parlamento e o Presidente da República já chegaram a acordo quanto à questão que será exposta aos cidadãos. Já está formulada e é aqui avançada em primeira mão.


Qual a sua opinião sobre o aborto?
a-Tem sido um bom primeiro-ministro.
b-Tem sido um primeiro-ministro ineficaz.
c-Nem sequer tem sido primeiro-ministro.
d-Estou arrependido de ter votado nele.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Pena de morte

O velho continente terminou com a pena capital há muitos anos. Portugal, que é tido em muitas questões importantes como o país da cauda, nesta foi dos países pioneiros.
Confesso que, às vezes, continuo a pensar se esta não seria a melhor solução para os casos perdidos.
É claro que isso levanta objecções importantes. À cabeça a questão dos direitos humanos e outras importantes se seguiriam como, a título de exemplo, uma injustiça se tornaria, inevitavelmente, irremediável. Em todo o caso esta pena só se utiliza, nos EUA por exemplo, em situações devidamente parametrizadas. Mas, como sempre, gostava de saber o que pensam em matéria tão delicada.

Surpresas, nascimentos e... baixas?

Ontem, numa das minhas visitas ao Blog da Sulista, fui agradavelmente surpreendido por esta imagem de "lettring" com que a Sulista tem brindado os seus amigos Bloguistas (eu disse Bloguistas, com g de gato).
Coloco a imagem com a devida vénia e um singelo mas sentido Bem-Haja! Também ontem surgiu para a ciber-vida um novo Blog. É de um amigo, o Eduardo Leal, que já escreveu algumas vezes para o "O Observatório". Chama-se Fio do Norte e no seu primeiro abrir de olhos fala das razões da sua existência. Muitos e bons artigos para o meu amigo. Suspeito que perdi um colaborador!