Divertimento playstation?
Fomos surpreendidos e ficámos horrorizados com o homicídio perpetrado por um grupo de jovens, muito jovens, na cidade do Porto, a um homem de 35 anos por puro divertimento.
Fiquei chocado pelo acto em si; pelo facto dos jovens serem todos de tenra idade e, seguramente, terem comprometido em parte o seu futuro; pelo móbil do crime; e ainda pelas declarações das associações de homossexuais que se apressaram a vir dizer que tinha morrido um homossexual, aproveitando a morte de um ser humano para reivindicar uma série de discriminações que querem para si. Para mim morreu, em primeiro lugar, uma pessoa.
Mas esta história fez-me vir à memória uma outra, passada em Barcelona há uns meses quando um grupo de jovens queimou uma jovem sem abrigo porque não tinham nada que fazer e se queriam apenas divertir. Ainda outra ocorrida em Londres o ano passado muito semelhante à de Barcelona. E muitas outras, noutra dimensão, que acontecem em Paris todas as noites quando se queimam automóveis como se se tratasse de um jogo da Playstation.
Que raio de divertimentos são estes? Que sensações e emoções provocam? Serão, no futuro, alvo de boas histórias e recordações que se contam aos filhos ou aos netos à lareira e a título de exemplo da sã convivência que existia na época?
Desculpem, mas não resisto, estou mesmo a imaginar estes jovens daqui a uns anos dizendo aos filhos: “No meu tempo é que era divertimento a sério, queimávamos uns carros ou umas pessoas – o que aparecesse primeiro – e havia muita camaradagem… não é como agora, pá! Vocês não sabem o que é isso. Só vos dá para a parvoíce!”